Desonra…
É já sabido que os membros das legiões desenvolviam e era-lhes incentivado um espírito de corpo. Através de cerimónias, e rituais pretendia-se reforçar os laços da unidade.
Uma legião que perdesse o seu estandarte, considerava-se desonrada (sabe-se os esforços que Augusto fez para recuperar as águias perdidas por Crasso, e depois Cláudio para recuperar as do exército de Varro).
Uma legião que se portasse de forma indigna podia ser dizimada (sendo morto aleatoriamente 1/10 dos efectivos) ou ser mesmo dissolvida (pretorianos com Septimo Severo).
Para aumentar a humilhação de uma unidade podia-se arrastar o estandarte pela lama em público literalmente (no caso dos pretorianos, vários suicidaram-se com o sucedido).
Com as guerras civis, as unidades vencedoras recebiam nomes elogiosos (sempre fiel, ou o cognome do imperador) ou no caso de perderem serem colocadas em má situação.
Ora queria apresentar um caso interessante: o da III Legio Augusta. Esta, depois de ter intervindo numa guerra civil do lado perdedor (239?), foi dissolvida com uma excepção, o de uma vexilatio (um destacamento colocado noutro local que teria no máximo um milhar de homens) que foi sendo transferido de local para local, com comandantes de outras legiões a supervisioná-los (dado que não tinham direito a oficiais próprios). Ao fim de uma quinzena de anos de bom comportamento, esta unidade que mantivera a sua identidade, conseguiu que a legião fosse restabelecida, recebendo um campo próprio.
Q.F.M.
Texto por Fabiano
Ainda pode ver mais em Condecorações e punições militares da Roma Antiga – Wikipédia, a enciclopédia livre
Imagens: Pintrest
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