A pintura "A Verdade saindo do poço armada do seu chicote para castigar a humanidade" (no original: La Vérité sortant du puits armée de son martinet pour châtier l’humanité) é um quadro realizado pelo artista francês Jean-Léon Gérôme em 1896 está ligada a uma assustadora parábola do século XIX.
A pintura pertence às coleções do museu Anne-de-Beaujeu, em Moulins, na França.
De acordo com seu biógrafo Charles Moreau-Vauthier, Gérôme dormiu com a pintura acima de sua cama e foi encontrado após sua morte com o braço esticado em direção a ela em um gesto de despedida.
Inclusive, contam que o artista inspirou-se na cultura judaica para realizar tal obra.
Segundo a parábola judaica, a Verdade e a Mentira se encontraram certo dia.
A Mentira diz à Verdade: “Hoje é um dia maravilhoso!” A Verdade desconfia e olha para os céus, e suspira, pois o dia estava realmente lindo.
Elas passaram muito tempo juntas, chegando finalmente num poço.
A Mentira diz: “A água esta muito boa, vamos tomar um banho juntas!”
A Verdade, mais uma vez desconfiada, testa a água e descobre que está realmente muito gostosa. Elas se despiram e começaram a tomar banho.
De repente, a Mentira sai da água, veste as roupas da Verdade e foge.
A Verdade, furiosa, sai do poço e corre para encontrar a Mentira e pegar suas roupas de volta.
E o mundo, vendo a Verdade nua, desvia o olhar, com desprezo e raiva.
Assim, a Verdade volta ao poço e desaparece para sempre, escondendo nele sua vergonha.
Desde então, a Mentira viaja ao redor do mundo, vestida como a Verdade, satisfazendo as necessidades da sociedade, porque, em todo caso, o Mundo não nutre nenhum desejo de encontrar a Verdade nua.
Tendo isso em mente, vejo que a sociedade sempre desaprovou a verdade…
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