Elam foi uma civilização que não durou só mil anos, durou mais de dois mil anos sem interrupções.
Por volta de 3.000 AC, durante a Idade do Cobre, a urbanização que tinha surgido primeiro na Mesopotâmia e no Egito começava a se espalhar por outras regiões. Elam, uma civilização no sul do Irã moderno, abrigava três reinos que se fundiram, fazendo surgir um estado mais coeso. Suas três cidades principais, Susa, Anxam (Anshan) e Auane (Awan) eram centros urbanos prósperos com dezenas de milhares de habitantes.
Durante a longa história de Elam, o país cresceu, chegando a ser uma potência que rivalizava com a Mesopotâmia, levando a guerras frequentes. Por volta de 2.300 AC, por exemplo, no reinado de Sargão II, os acadianos chegaram a conquistar Elam por um breve período, pois os elamitas logo reagiram e recuperaram a sua independência política e cultural. O Império Elamita também mostrou a sua força, invadindo e chegando a subjugar partes da Mesopotâmia.
A civilização urbana ainda não tinha se espalhado em larga escala por outras partes do Irã atual, de modo que Elam conseguiu se impor como guardião e intermediário no comércio entre o Oriente Médio e as civilizações asiáticas. Já foram encontrados diversos sítios arqueológicos elamitas com estatuetas e peças de cerâmica provenientes da civilização do Vale do Indo, evidenciando que Elam era um entreposto comercial conectando a Índia com o Oriente Médio.
Contas do Vale do Indo descobertas em Elam
Elam desenvolveu uma cultura florescente em seu auge mas, infelizmente, muito dessa história rica se perdeu durante as civilizações que a sucederam, como a dos persas e dos árabes. Ainda chegaram aos nossos dias, entretanto, muitos documentos da história elamita, bem como da sua arte diversificada. Para quem quiser saber mais sobre a história de Elam, há uma compilação de fontes abaixo.
A longa história de Elam terminou bruscamente em 539 AC, quando Ciro o Grande varreu o mundo conhecido com seu exército de Persas Aquemênidas. Ela ocupou Elam sem encontrar muita resistência, pondo fim ao Estado Elamita que existiu durante 2.500 anos. Nas décadas seguintes à ocupação, a cultura elamita foi sendo gradualmente absorvida pela cultura iraniana a ponto de pouca coisa ter sobrevivido desse império que já tinha sido tão forte.
Fontes
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