domingo, 27 de junho de 2021

Ditador.

 

Por que o Senado Romano quis um ditador?

Para resolver algo.

Um ditador romano

Para os romanos, a ditadura não era necessariamente uma coisa ruim. Eles sabiam que em uma crise você não pode se dar ao luxo de discutir as coisas em um comitê, você precisa das coisas para AGORA, para a segurança de um estado. Com a criação do instituto da ditadura, o Senado Romano atribuia a um homem o cargo de ditadura e dava-lhe o poder absoluto por seis meses.

Essa é a principal ressalva que você está perdendo. A ditadura não era um compromisso vitalício (exceção: o cara na imagem acima), era um trabalho temporário para resolver uma crise e ele podia carregar o poder quase absoluto. Se não resolvesse a crise, outra pessoa era nomeada em seu lugar. Um estadista romano, Lucius Quinctius Cincinnatus, foi eleito ditador duas vezes. Sua primeira ditadura foi em 458 a.C. Contra uma tribo vizinha, ele reuniu um exército e resolveu a crise em quinze dias, depois renunciou. Ele pode ter tido uma segunda ditadura vinte anos depois, por 21 dias, embora essa possa muito bem ser uma lenda. A lei afirmava que ele poderia permanecer no poder por um período completo de seis meses, mas ele poderia, e costumava fazer, renunciar a esse poder quando a crise diminuísse.

Só mais tarde, na era moderna, o termo ditador se tornou sinônimo de algo ruim. Mantivemos o conceito, chamamos de “lei marcial” ou “estado de exceção” ou algo dessa natureza.

1 comentário de Rui Gomes

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