domingo, 27 de junho de 2021

Afonso I.

 

Quais são alguns fatos interessantes sobre D. Afonso Henriques?

É o nosso D. Afonso I, filho de Henrique…

D.Afonso I - (1139 - 1185 ) -" O Conquistador"

Os muçulmanos, em sinal de respeito, chamaram-lhe Ibn-Arrik («filho de Henrique», tradução literal do patronímico Henriques) ou El-Bortukali («o Português»).

D. Afonso Henriques , filho do conde D. Henrique e de D. Teresa, nasceu provavelmente na alcáçova de Coimbra nos fins de 1108 ou princípios de 1109. Há no entanto historiadores, que fixam o seu nascimento em Viseu ou Guimarães.

Casou em 1146 com Mafalda de Sabóia, filha de Amadeu III de Sabóia, e do matrimónio tiveram pelo menos sete filhos, um dos quais o futuro rei Sancho I. Morreu em 6 de Dezembro de 1185 e está sepultado na igreja de Santa Cruz em Coimbra. D. Afonso Henriques arma-se cavaleiro na antiga Igreja de São Salvador em Zamora.

Ainda que no principio do seu reinado, D. Afonso Henriques fosse obrigado a submeter-se a seu primo Alfonso VII, começou a usar o título de rei, depois da sua vitória sobre os Muçulmanos em Ourique ( 25 de Julho de 1139 ).

Em 1143 o seu primo aceitou a sua autonomia, mas o título de rei só foi formalmente concedido em 1179, quando Afonso Henriques colocou Portugal sob a protecção directa da Santa Sé ( no pontificado de Alexandre III ), prometendo um tributo anual.

Sobre a Batalha de Ourique: A Batalha de Ourique

(tudo ao molho e fé em Deus)

Em 1131 muda a capital de Guimarães para Coimbra. Em 1135 conquista Leiria. Em 1137 vence os Leoneses na batalha de Cerneja, mas os mouros aproveitando-se das quezílias entre D. Afonso Henriques e o seu primo Afonso VII conquistam o castelo de Leiria, e ameaçam Coimbra. D. Afonso Henriques convence o rei de Leão e Castela a fazer as pazes, em Tui, e reconquista Leiria (1145).

A seguir lança-se sobre os mouros e vence-os na batalha de Ourique em 25 de Julho de 1139. A partir deste momento D. Afonso Henriques considera-se rei de facto. Comunica essa decisão a Afonso VII, mas este não aceita.

Tratado de Zamora - Acordo de paz celebrado, em 1143, entre D. Afonso Henriques e D. Afonso VII de Leão. Após cerca de três anos sem hostilidades entre os dois territórios vizinhos, o encontro de Zamora serviu para definir as cláusulas da paz e, possivelmente, os limites de cada Reino.

Ao mesmo tempo, foi reconhecido o título de rei a D. Afonso Henriques, reafirmando-se os seus laços de vassalagem em relação a Leão, porque Afonso VII considerava-se Imperador e portanto podia ter reis como vassalos.

O Tratado de Zamora (1143)

O Tratado de Zamora foi um diploma resultante da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo, Afonso VII de Leão e Castela. Celebrado a 5 de Outubro de 1143, esta é considerada como a data da independência de Portugal e o início da dinastia afonsina. Este dia é feriado nacional suspenso em Portugal 1 .

Em Zamora, revogou-se o anterior Tratado de Tui datado de 1137.

Vitorioso na batalha de Ourique, em 1139, D. Afonso Henriques beneficiou da acção desenvolvida, em favor da constituição do novo Reino de Portugal, pelo arcebispo de Braga, Dom João Peculiar. Este procurara conciliar os dois primeiros e fez com que eles se encontrassem em Zamora nos dias 4 e 5 de Outubro de 1143 na presença do cardeal Guido de Vico.

(Catedral de Zamora)

Pelos termos do tratado, Afonso VII concordou em que o Condado Portucalense passasse a ser Reino, tendo D. Afonso Henriques como seu "rex" (rei). Embora reconhecesse a independência, D. Afonso Henriques continuava a ser vassalo, pois D. Afonso VII para além de ser rei de Leão e Castela se considerava imperador de toda a Hispânia. Contudo nunca D. Afonso Henriques lhe prestou vassalagem, sendo caso único de entre todos os reis existentes na península Ibérica.

A soberania portuguesa, reconhecida por Afonso VII em Zamora, veio a ser confirmada pelo Papa Alexandre III só em 1179, mas o título de "rex", que D. Afonso Henriques usava desde 1140, foi confirmado em Zamora, comprometendo-se então o monarca português, ante o cardeal, a considerar-se vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por si e pelos seus descendentes, ao pagamento de um censo anual.

A partir de 1143 D. Afonso Henriques vai enviar ao Papa remissórias declarando-se seu vassalo lígio e comprometendo-se a enviar anualmente uma determinada quantia de ouro.

As negociações vão durar vários anos, de 1143 a 1179.

Em 1179 o Papa Alexandre III envia a D. Afonso Henriques a "Bula Manifestis probatum"; neste documento o Papa aceita que D. Afonso Henriques lhe preste vassalagem directa, reconhece-se definitivamente a independência do Reino de Portugal sem vassalagem em relação a D. Afonso VII de Leão e Castela (pois nenhum vassalo podia ter dois senhores directos) e D. Afonso Henriques como primeiro rei de Portugal, ou seja, Afonso I de Portugal.

(Mosteiro Santa Cruz em Coimbra)

Fundou o mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (1131), propiciando assim a reunião das dioceses portuguesas à metrópole de Braga, e mandou erigir numerosos castelos fronteiriços, datando de 1135, como já se disse, a fundação do castelo de Leiria, um dos pontos estratégicos para o desenvolvimento da Reconquista. D. Afonso Henriques convoca as primeiras cortes em Lamego em 1143 ( Lendárias)

Tomaria ainda Almada e Palmela, que se entregaram sem luta, conquistando posteriormente, em 1159, Évora e Beja, que perderia pouco depois a favor dos mouros.

A reconquista de Beja foi de novo possível em 1162, reocupando-se também Évora, com a ajuda de Geraldo Geraldes o Sem Pavor, em 1165. Em 1168 um exército português comandado pelo futuro D. Sancho I atacou Ciudad Rodrigo, mas os portugueses foram derrotados pelo rei leonês.

Conquista de Lisboa - (1147)

Conquistou Santarém (Março de 1147) e Lisboa (Outubro de 1147), esta com a ajuda de cruzados Ingleses, Franceses, Alemães e Flamengos que iam para a Palestina. Um padre inglês, Gilbert of Hastings, tornou-se o primeiro bispo ( depois da reconquista ) da restaurada sé de Lisboa.

"De expugnatione Lyxbonensi"

Osberno é um personagem histórico associado ao cerco de Lisboa em 1147, em que a cidade foi conquistada aos mouros pelo rei Afonso Henriques. O rei português recebeu a ajuda decisiva de um grande contingente de cruzados do norte da Europa que participavam da Segunda Cruzada, e depois da captura de Lisboa foi escrita uma carta, chamada atualmente De expugnatione Lyxbonensi, a qual narra com muitos detalhes a história do cerco.

A narração associada a Osberno, assim como outra carta mais curta do cruzado Arnulfo, são excepcionais como registos contemporâneos desse evento essencial da his- tória das cruzadas e da Reconquista cristã na Península Ibérica.

A carta começa com uma fórmula abreviada de saudação: Osb. de Baldr. R. salutem. As ambiguidades do latim medieval fazem com que seja difícil saber quem foi o autor e quem o destinatário. Tradicionalmente a carta é atribuída a Osb. de Baldr. e é dirigida a R.; porém também é possível que tenha sido escrita por R. e dirigida a Osb..

Este Osb. é justamente Osberno (ou Osberto) de Bawdsey (Suffolk, na Inglaterra). R. é identificado por alguns como um presbítero inglês chamado Raul. A qualidade do latim da carta e as referências eruditas religiosas indicam que o autor era um religioso culto.

A narração associada a Osberno, de imenso valor histórico, faz parte do Códice 470 da Biblioteca do colégio do Corpo de Cristo, da Universidade de Cambridge e está adaptada para português moderno em várias edições.

Cerco de Badajoz - (1169)

Em 1169, D. Afonso Henriques teve que socorrer Geraldo Geraldes o Sem Pavor, que cercava Badajoz, na posse dos muçulmanos mas que o rei de Leão pretendia para si.

Geraldo já tinha conseguido ultrapassar a muralha exterior mas os mouros resistiam fechados na alcáçova, no entanto os portugueses foram surpreendidos pela chegada de reforços leoneses, que chegaram a ajudar os muçulmanos por interesse, vendo-se obrigados a fugir.

Na fuga, porém, D. Afonso Henriques sofreu um acidente, bateu de encontro a uma das portas da muralha, partiu uma perna e foi feito prisioneiro pelos cavaleiros leoneses que o levaram a presença do rei D. Fernando II de Leão, que o tratou com respeito que lhe merecia como pessoa e como sogro, pois tinha casado com D. Urraca filha do rei português.

A libertação do rei foi conseguida em troca de um resgate em dinheiro (cerca de duas toneladas e meia de ouro). e da entrega das praças de Trujillo, Cáceres, Santa Cruz, Monfrague e Montanchez. Os dois soberanos assinaram um tratado de paz em Pontevedra, estabelecendo as fronteiras dos dois reinos. Mais tarde quando os sarracenos atacaram Santarém, Fernando II acudiu em socorro do sogro.

Este incidente pôs fim à carreira militar do 1º rei de Portugal, na altura com cerca de 61 anos, visto que naquele tempo era impossível recuperar de uma fractura profunda e nunca mais pode montar a cavalo, passando a deslocar-se numa carreta de madeira. Seu filho, o futuro D. Sancho I passou a comandar os exércitos portugueses. Em 1158 conquista Alcácer do Sal, de 1165 a 1169 conquista Évora, Beja e Serpa, que voltam a ser perdidas para os muçulmanos que recuperaram grande parte do Alentejo.

A Sé do Porto

A Catedral (Sé) da cidade do Porto, situada no coração do centro histórico da cidade do Porto, é um dos principais e mais antigos monumentos de Portugal.

O início da sua construção data da primeira metade do século XII, e prolongou-se até ao princípio do século XIII. Esse primeiro edifício, em estilo românico, sofreu muitas alterações ao longo dos séculos. Da época românicadatam o carácter geral da fachada com as torres e a bela rosácea, além do corpo da igreja de três naves coberto por abóbada de canhão. A abóbada da nave central é sustentada por arcobotantes, sendo a Sé do Porto um dos primeiros edifícios portugueses em que se utilizou esse elemento arquitectónico.

Na época gótica, cerca do ano de 1333, construiu-se a capela funerária de João Gordo, cavaleiro da Ordem dos Hospitalários e colaborador de D. Dinis, sepultado em um túmulo com jacente. Também da época gótica data o claustro (séc XIV-XV), construído no reinado de D. João I. Este rei casou-se com D. Filipa de Lencastre na Sé do Porto em 1387.

O exterior da Sé foi muito modificado na época barroca. Cerca de 1736, o arquitecto italiano Nicolau Nasoni adicionou uma bela galilé barroca à fachada lateral da Sé. Cerca de 1772 construiu-se um novo portal em substituição ao românico original. As balaustradas ecúpulas das torres também são barrocas.

(Claustros góticos da Sé do Porto)

À esquerda da capela-mor, encontra-se um magnífico altar de prata, construído na segunda metade do século XVII por vários artistas portugueses. Este foi salvo das tropas francesas em 1809 por meio de uma parede de gesso construída apressadamente.

Ainda nesta área esquerda é especialmente notável a imagem medieval de Nossa Senhora de Vandoma, (padroeira da cidade).

No século XVII a capela-mor original românica (que era dotada de um deambulatório) foi substituída por uma maior em estilo barroco. O altar-mor, construído entre 1727-1729, é uma importante obra do barroco joanino, projectado por Santos Pacheco e esculpido por Miguel Francisco da Silva. As pinturas murais da capela-mor são de Nasoni. O transepto sul dá acesso aos claustros do século XIV e à Capela de São Vicente. Uma graciosa escadaria do século XVIII de Nasoni conduz aos pisos superiores, onde os painéis de azulejos exibem a vida da Virgem e as Metamorfoses de Ovídio.

A Sé integra três belos órgãos. Um deles, no coro-alto, marca em Portugal um período que dá início ao desenvolvimento organístico. Trata-se de um instrumento do construtor Jann, o mesmo do órgão da igreja da Lapa (Porto), ambos promovidos pelo esforço e iniciativa do Cónego Ferreira dos Santos

A bula "Manifestis Probatus"

Portugal Reino Independente ( 1179 ) - Ainda que realmente Afonso VII de Leão, primo de D. Afonso Henriques, aceitasse em 1143 pelo tratado de Zamora, que D. Afonso Henriques usasse o título de Rei de Portugal, só em 1179 a autonomia ou independência de Portugal foi reconhecida pela Santa Sé com a bula "Manifestis Probatus".

Ainda que a dinastia Marroquina dos Almohads voltaram a atacar ( 1179-84 ), quando Afonso I morreu, a fronteira Portuguesa estava firmemente estabelecida no Tejo. As novas ordens militares, Templários , Calatrava (desde 1156), e Santiago ( desde 1170), etc., governaram castelos e territórios na fronteira, e os Cistercienses foram responsáveis pela introdução da agricultura e arquitectura no centro de Portugal (Alcobaça).

O Mosteiro de Alcobaça

A Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça, fundada por D. Afonso Henriques no coração do imenso território da Estremadura cerca de 1152, constituiu uma das mais importantes casas cistercienses da Península Ibérica e, sem dúvida, a mais plena de significado – político, económico e artístico – no território do emergente Reino de Portugal.

(Mosteiro de Alcobaça)

Importa, antes de mais, analisar o papel relevante de Bernardo de Claraval na Europa medieval do século XII, cuja acção terá sido essencial para a legitimação do novo Reino. Bernardo de Claraval foi o mentor de Inocêncio II, dos Templários, e o pregador da II Cruzada, tendo sido com o seu apoio que Inocêncio II triunfou sobre o seu rival, o anti-papa Anacleto II, prolongando depois a sua influência sobre a Cúria Romana com a eleição, em 1145, de Eugénio III, antigo monge cisterciense e seu discípulo.

Serviços de Informações - Espionagem

A actividade de produção de informações foi, ao longo de séculos, desenvolvida num quadro de relações informais estabelecidas entre os monarcas e alguns dos seus oficiais de confiança. Nos primórdios da nacionalidade, a produção de informações esteve ligada às áreas mais sensíveis da governação, designadamente aos processos de reconquista territorial e de unificação política do Reino.

A reconquista foi apoiada, em diversas ocasiões, pela acção de emissários e informadores encobertos. A conquista de Santarém (1147), por exemplo, foi preparada num grande secretismo. D. Afonso Henriques enviou agentes de confiança para se inteirarem do estado das defesas muçulmanas e para o informarem sobre os locais mais vulneráveis a um ataque nocturno.

Durante esse período, as ordens religiosas militares desempenharam um importante papel de vigilância e de recolha de informações.

A Sé de Lisboa

A Sé de Lisboa, inicialmente designada de Igreja de Santa Maria Maior, foi mandada construir em 1150 por D. Afonso Henriques, três anos depois de ter conquistado Lisboa aos Mouros.

Sé de Lisboa foi construída no local de uma antiga mesquita, para o primeiro bispo de Lisboa, o cruzado inglês Gilbert de Hastings.

(Fachada da Sé)

Os três terramotos que a devastaram no século XV, bem como o de 1755, foram bastante inclementes para com a Matriz de Lisboa, dedicada a Santa Maria Maior, que sofreu danos e foi sendo renovada ao longo dos séculos.

(Capela de S. Bartolomeu)

Construída, ao que tudo indica, sobre a antiga mesquita muçulmana, o primeiro impulso edificador da Sé de Lisboa deu-se entre 1147, data da reconquista da cidade, e os primeiros anos do século XIII, projecto em que se adoptou um esquema idêntico ao da Sé de Coimbra, com três naves, trifório sobre as naves laterais, transepto saliente e cabeceira tripartida.

Nos séculos seguintes deram-se as transformações mais marcantes, com a construção da Capela de Bartolomeu Joanes, do lado Norte da entrada principal, o claustro dionisino, que apesar da sua planta irregular se inclui na tipologia de claustros góticos portugueses e, especialmente, a nova cabeceira com deambulatório, mandada construir por D. Afonso IV para seu panteão familiar.

A Sé de hoje é uma mistura de estilos. O interior é de três naves com seis tramos, sendo a central coberta por abóbada de canhão e as laterais por abóbadas de aresta, com um falso trifórioem grande parte do seu perímetro superior.

O transepto é igualmente abobadado, coroado por rosáceas em ambos os topos. A cabeceira, substituída nos reinados de D. Afonso IV e D. João I, seria provavelmente formada por ousia e dois absidíolos semicirculares abobadados.

No coração do templo, o cruzeiro era iluminado por uma torre-lanterna de vários andares, caída em 1755. A fachada, com as duas torres sineiras ameadas, bem como a esplêndida rosácea, mantém um sólido aspecto românico.

O escuro interior é na sua maior parte simples e austero e já quase nada resta dos embelezamentos feitos por D. João V na primeira metade do século XVIII. Para lá da nave românica renovada, a charola tem nove capelas góticas.

(Pia Batismal)

Na Capela de Santo Ildefonso pode-se ver o sarcófago do século XIV de Lopo Fernandes Pacheco, companheiro de armas de D. Afonso IV, e da sua esposa Maria Vilalobos. O túmulo está esculpido com a figura barbuda do nobre, de espada na mão, e da esposa, com um livro de orações e os cães sentados a seus pés. Na capela adjacente estão os túmulos de D. Afonso IV e da esposa D. Beatriz.

O claustro gótico a que se chega pela terceira capela da charola, tem duplos arcos elegantes com belos capitéis esculpidos. Uma das capelas ainda exibe um portão de ferro forjado do século XIII.

Nos Claustros, as escavações arqueológicas revelaram vestígios árabes, romanos e fenícios.

À esquerda da entrada a capela franciscana contém a pia onde o santo foi baptizado em 1195, e está decorada com azulejos que representam Santo António a pregar aos peixes. Na capela adjacente existe um Presépio barroco feito de cortiça, madeira e terracota de Machado de Castro.

(Capela Mor)

O tesouro encontra-se no topo da escadaria, à direita. Abriga uma variada colecção de pratas, trajes eclesiásticos, estatuaria, manuscritos iluminados e relíquias associadas a São Vicente.

A peça mais preciosa da catedral é a arca que contém os restos mortais do santo, transferidos do Cabo de São Vicente para Lisboa em 1173. A lenda diz que dois corvos sagrados mantiveram uma vigília permanente sobre o barco que transportava as relíquias. Os corvos e o barco tornaram-se no símbolo da cidade de Lisboa. Diz-se também que os descendentes dos dois corvos originais viviam nos claustros da catedral.

D. Afonso Henriques foi pedra fundamental na fundação da nacionalidade portuguesa. Embora Oliveira Martins o tenha considerado "um Pelágio" lusitano, corajoso e valente, mas actuando mais como um guerrilheiro do que como general experimentado, é mais merecedor do elogio de Alexandre Herculano, que pede aos portugueses que quando passarem por Coimbra, visitem o seu túmulo na Igreja de Santa Cruz, e lhes prestem homenagem, porque se não fosse ele, não só não existiria a Nação como não existiria o próprio nome de Portugal.

Realmente D. Afonso Henriques foi um brilhante guerreiro e comandante militar e conquistou mais território aos muçulmanos que qualquer outro rei da Península.

(Texto adaptado do original no blogue "História de Portugal", cujo autor é

O reino e a reconquista


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