quarta-feira, 9 de julho de 2014

ODE.

                              ODE.      (TEMPORA, MORES.)

                                                     “Sei que a vida vale a pena
                                                       Mesmo que o pão seja caro
                                                      e a liberdade pequena.”
                                                                Ferreira Gullar.








Na luta incansável do cotidiano
Em meio á política aviltante
Através das pedras do caminho,
renovadas esperanças

Do trabalho, fica o cansaço
no corpo, a fome ,
da lida exaustiva
incipientes promessas

o aconchego das estrelas
o sereno  úmido dos olhos
promessas de dia melhores
desejos  gritantes

Ate quando o labor
Que não vale o tamanho do pão ?
Ate´quando a paciência tupiniquim
Abusada por “bolsas”?

Ate quando os” Catilinas “em Brasília?
O populismo, a demagogia,
As mentiras e os canalhas?
O falido “pão e circo “?

O muro da memória
Há de ceder
Ávidas palavras
Pela veneziana do tempo

Pássaros voando sobre
O planalto central
Bocas mudas
Destilando verbos

O vinagre dos oportunistas
Tornado em vinho libertador
A mídia cúmplice
Desfigurada, esquecida

E como Lazaro redivivo
Os sobreviventes da Terra Brasilis
Plantarão seu futuro
Nas urnas, no amanhã.


Autor: Marco Antonio E. da Costa.