terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Procura...

                                     PROCURA...



                                                                     “O luar e´a luz do sol que esta sonhando.”
                                                                       Mario Quintana, poeta gaucho (1906-1994).






Cada verso
                      Uma dor
Cada traço
                    Um rumor   
Sonhos trilhados
Rimas do coração,
                     In Versos


A terra, ventre fecundo, violada
Já não se importa conosco
Flores de asas
Brilhando na imensidão
Infância, saudade verdadeira
Vaga no ermo,
Na escuridão


Dia desse acordo POESIA,
Saio a´rua
Apago as luzes
E fico  a mira-la
linda, eterna
E romântica,
“a lua dos amantes.”



Autor: Marco Antonio E. Da Costa.









sábado, 12 de dezembro de 2015

Tempos Modernos

                                 .TEMPOS MODERNOS. ( Modern Times).

                                                                           “A vida e´uma peça de teatro que
                                                                               não permite ensaios.” Charles Chaplin.      
                                                                               Ator, diretor, roteirista e músico Britânico,
                                                                                                  (1889- 1977)         





.Este Ensaio pretende oferecer um comentário do filme, que representa um olhar critico
De Chaplin sobre o moderno mundo industrializado. Máquinas tomando o lugar de homens, criminalidade, servilismo, enfim; as mazelas sociais típicas da sociedade atual.
Com tempero romântico, e´uma comedia,de tom satírico e levemente ficcional.      

.Ficha Técnica: Título. Modern Times.  Ano. 1936. Estudio. United Artists.
Direção, Roteiro e música. Charles Chaplin. Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goodard,Henry Bergman,Stanley sandforfd,Chester conklin. Gênero. Comédia. Idioma. Inglês
.Personagens de destaque:
.The tramp ( o vagabundo), *personagem recorrente de Chaplin,chamado no Brasil de “Carlitos”.
Simples, humilde, gentil, guarda um que de cavalheiro e nobre em meio aos farrapos que veste, e esta, sempre, envolvido em confusões com ricos e poderosos, que o desprezam pela sua classe social.
Ellen. Paulette Goddard. Pobre operaria solitária. A atriz ficou conhecida nos anos 40 por sua beleza exótica e seus casamentos, inclusive com Chaplin.
*The Tramp.  Cabível considerar aqui a presença constante do simpático vagabundo como protagonista nos filmes de Chaplin.
Ele seria, na verdade, o Alter-Ego de Chaplin, ( O outro Eu, cf. Freud).
Remetendo ao período da atormentada infância do ator em Londres,quando atuava no Vaudeville-teatro de variedades,tendo um pai bêbado e violento, que abandonou o lar e uma mãe que com o tempo, enlouqueceu. Não raro, sua família foi visitada pela fome, e sua antipatia por garçons e policiais ficou eternizada nas telas... A chance de mudança veio com uma turnê pela America, onde foi acolhido na Keystone Cops de Mack Sennet,rei dos curta metragens cômicos de então(cinema mudo).
Ironicamente, seu sucesso inaugural foi interpretando bêbados...
Pode se supor que o vagabundo era o outro eu de Chaplin,seu personagem oculto, que afinal vencera as adversidades,a fome, o desprezo,o escárnio,conseguindo não só a aceitação do publico, bem como sua admiração.

.Narrativa.
Numa grande fabrica, Um operário (Chaplin),desempenha o repetitivo trabalho de apertar parafusos.De tanto repetir a tarefa estressante, tem um colapso e e´internado em um hospital.Perdera de tal forma a razão que, na rua , persegue uma senhora para tentar apertar os botões de seu vestido ( cena antológica e mordaz). Vale a observação da critica ao Fordismo, doutrina produtiva, que defendia a produção em serie e que, a rigor, estratificava as atividades dos funcionários. Apos perder o emprego, nosso anti-heroi pega uma bandeira vermelha que caira de uma carro  e sem que perceba passa a ser seguido por vários manifestantes que protestam contra as condições de trabalho.(Hilário).
E´preso, acusado de liderar operários em revolta...Charlie conhece Ellen ,se envolvem,e os dois vão lutar contra a miséria e as adversidades.Arrumam trabalho e seguem suas vidas.
        


       
.Momento Histórico.
O filme e´feito no período que se segue á quebra da bolsa de valores de New York (1929), de efeitos mundiais; Tendo o governo us adotado o New deal.ou seja,programa econômico adotado pelo presidente Roosevelt 33-37 para combater a grande depressão; Guerra civil Espanhola; Avanço dos estados totalitários na Europa; Expansão comunista.;organização dos sindicatos.

.Comentário.
Chaplin quis mostrar que a utilização das máquinas acarretou dificuldades, e empregos em menor número  e qualidade.Desqualificação,escravidão,fatores facilitadores de criminalidade e ou exploração.Suas críticas fizeram do filme um clássico, mas, ao mesmo tempo,causaram desconforto em alguns governos,particularmente os totalitários,que chegaram a proibi-lo,ex,Alemanha e Itália, anos 30.Enfim, a modernidade  e´inevitável, porem o capitalismo e a industrialização ,como qualquer sistema ,requerem planejamento,sob o risco do sistema ser engolido pelo próprio capital e o operário pelas adversidades ,daí advindas.Em poucas palavras, ele parece buscar uma humanização  e valorização nas condições trabalhistas e uma visível aversão a produção em serie Fordista.





.Referencias:
.Historianet.com.br
.Chaplin,C Tempos Modernos.1936.United Artists.Califórnia.

Autor: Marco Antonio E, da Costa.


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Semente.

                                                 SEMENTE (LUZ LUZA)

                                                                     “A Poesia e´a pintura dos ouvidos.”
                                                                          Lope de Vega, poeta e dramaturgo Barroco espanhol,
                                                                            (1562-1635).





Poesia,
És a semente perdida
No coração de alguém
Que as páginas percorrem
E as lágrimas também

Muitos te vêem como fugaz
Mas no toque sincero
A semente simples traz
Em meio  a águas  tormentosas
Navegas esperançosa

Semente pequena, crua
Cresceu noite e dia
No coração do que escreve
Do que sonha e busca
Ao brilho silente da lua.



Autor: Marco Antonio E. Da Costa.




                                                         

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Da Morte e Do Amante.

                                    DA MORTE E DO AMANTE.
                                                      PROPERCIO.

                                                          “Para tão longo amor, tão curta vida”.
                                                           Luiz Vaz De Camões, poeta Luso Classicista.
                                                                                   Século XVI.




Da morte que vos quereis saber a hora incerta
E a senda pela qual ela vira,
Buscais num céu tranqüilo, a exemplo dos Fenícios,
Estrelas favoráveis ou funestas,
Persigamos Bretões ou Partas,
Cegos perigos rondam mar ou terra;
Choramos o arriscar a vida nos combates,
Ou se um veneno toca os nossos lábios.

Mas sabe o amante como e quando morrera
Nem teme o vento, nem teme as armas
E ainda que  já reme entre os juncais do Estige,
Vendo a barca mortal de tristes velas,

Pela senda proibida ele retornara
Se na brisa o chamar a voz da amada.




.Sextus  Aurelius Propercius.(43 ac.umbria- 17 ad.Roma.).
Poeta elegíaco Romano, contemporâneo de Ovídio, influenciado por Catulo, viveu sob Otavio. De família nobre, empobrecida pelas guerras civis Romanas, recebeu educação formal, freqüentou a elite romana. Admirado por Cervantes, Schlegel e Drummond.
Elegia.
Gênero poético, criado pelos gregos, na Grécia tinha por temática: melancolia, aspectos existenciais ou cívicos. Em Roma, ganha um perfil erótico-amoroso, como em Propercio.

OBS:
.Fenícios, antigos habitantes do atual Líbano; Bretões, antigos habitantes da atual Inglaterra;
Partas, antigos habitantes do atual Irã.
.Stige Ou Estiages, lago que conduzia os mortos a sua morada final, o Hades.
.A barca mortal era conduzida por Caronte ,para o reino dos mortos;que para tal, era cobrado um óbolo( moeda).Dai o costume, a princípio grego, Mediterrâneo e depois de outros povos, de colocar uma moeda sob a língua ou nos olhos do falecido, para pagar ao barqueiro a travessia.
.Os que tinham morte gloriosa, isto  é,em batalha,como heróis, iam para os campos Elíseos ou Elysium,onde ao lado de outros heróis e deuses bebiam vinho e celebravam a bravura.

Biblio/ref:
.Poesia grega e latina.cultrix.sp,1959.    
.Thelatinlibrary.com.

Autor: Marco Antonio E, Da Costa.


domingo, 1 de novembro de 2015

MORITURI MORTUIS.




MORITURI MORTUIS.  *

                                                





                                                          “As pessoas não morrem, ficam encantadas.”
                                                            Guimarães Rosa (1908-1967), Escritor e Diplomata.


Na diáfana presença
Corpo da ausência
Registro da lacuna
Vazio que se faz fato

Permanecem em nós
Nos gestos, lembranças
Existem porque lembramos
Lembram porque existimos

Perpetuam-se,
A memória, sua insistência                                
Traz afago a existência
Não ter mais,
e´ter para sempre !

*Morituri Mortuis. Máxima Romana:
“ Dos que vão morrer,para os mortos.”
(Inscrição do Cemitério do Bonfim de Belo Horizonte).


Autor: Marco Antonio E. Da Costa.

                                                        






quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Veneza.

                                   VENEZA.
                         A Cidade dos Amantes.

                                                             “Era a Veneza da Ponte dos Suspiros,
                                                                     um palácio de um lado ,do outro ,uma prisão.”

                                                               Lord Byron, Poeta Britânico.




Cenário de sonhos
Botes fúnebres
E amores vivos
Percorrem melancólicos
vielas lúgubres
promessas indevidas
são feitas
e esquecidas

A Gôndola negra
A noite
Percorre canais
Com braço pálido
Separando trilhas
Luzes e sombras
Remo lento
Pelo caminho silente

O Vaporetto vazio
Cruza os canais
E empaca
No cais
A corda range
Balcões,alcovas e arcos
Se afagam
O mármore se espelha

Canais de águas verdes
Repleta de confetes
Filigrana e luxuria dourada
Mascaras eternizando
Dyonisios e seus festins
A eterna libação
Da carne liberta
A pedra feita nuvem
A lei feita festa

A cidade dos pintores
Mira os
Coloridos foliões
Em musical cortejo
Pelas catedrais
Que lacônicas
Repercutem a inebriante ode,
Evoe´

Piazza di San Marco
Ecoa em meio a nevoa
E da Bizantina herança
Traz a benção para as jornadas
E a coragem para as batalhas
Sob a lua tímida
Brilha ainda
A Sereníssima Republica!




Autor: Marco Antonio E. Da Costa.






        

sábado, 3 de outubro de 2015

Guilhotina.

                                               GUILHOTINA.   

                                                         “ Après moi, vous Maximilien”.

                                                                George Jacques Danton ( 1759-1794),Revolucionário    
                                                                     Frances Jacobino, decapitado no período do terror.  








A lamina gotejando
Sua sede implacável
O carrasco sorrindo
Saboreando sua migalha de poder
A multidão ambígua
Alterna êxtase e temor
Euforia pelo espetáculo macabro
E medo pela própria vida
Afinal, qualquer denuncia
ao comitê de Salvação publica...
Os condenados esperam
Como gado em carroças
Amarrados, Com as nucas raspadas
Para facilitar o serviço da lamina...


Enquanto isso, os poderosos “governam”
Aumentam impostos, fazem listas de suspeitos, mentem,
Criam mecanismos de censura, efetuam novas prisões,
Para manter a ordem, garantem os ilibados lideres...
Como há milênios repetem a mais cruel, brutal e asquerosa tirania
Sem se dar conta --- HISTORIA MAGISTRA VITA ----
Que terão o mesmo fim estúpido que dão as suas vitimas,
Robespierre e Saint-Just logo seguiram Danton...
“ a banheira de sangue”(apelido popular)
Bebeu-lhes o sangue também
A ambição cega os que tem poder
Esses tolos se esquecem  que o sentimento
Mais transformador e´a indignação
E que palavras não pagam dívidas.

.Quosque Tanden Domine?

Autor: Marco Antonio E. Da Costa.


  


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Proverbios Franceses.

Provérbios Franceses.






.Foram reunidos aqui alguns pensamentos deste povo original, que no dizer do Britânico G.B. Shaw são” os críticos por excelência”. Irônicos, divertidos, apreciadores das mulheres, observadores do ser humano; deixam grande influencia na caminhada humana. São auto-explicativos.


.Provérbios:

.Todo  avaro tem um filho gastador.

.A vida começa aos quarenta.
Lema adotado por Picasso, que residiu em Paris por muitos anos.

.Casar e´para o homem, perder metade dos direitos e duplicar os deveres...

.Um bom vinho deve ser tratado como uma bela amante!

.Alguns matrimônios acabam bem, outros,ao contrario,duram a vida toda.

. Os jovens dizem o que fazem;
  Os velhos dizem o que faziam,
  Os tolos o que gostariam de fazer.

.Não se faz uma boa omelete sem se quebrar alguns ovos.
Adotado por Freud, quando estudou em Paris com Charcot;
Hipnose em Salpetriere.

.Gratidão e´a memória do coração.

.40 anos e´a velhice da juventude;
50 anos e a ´juventude da velhice.

.O amor e´cego. Mas o matrimonio devolve a visão..
.
.A adversidade forja homens, a boa fortuna cria monstros.

.O vinho, depois da mulher e´a principal paixão do homem.

.Na paz se castiga os ladrões, na guerra se os honra.

.Um dia a população faminta comera os homens gordos.
  Periodo da Revoluçao Francesa, temática atual.

.Não há´ausente sem culpa, nem presente sem desculpa.

.Feliz no jogo, infeliz no amor...

.C´est la vie !
A vida e´assim...

.No amor e na guerra, vale tudo.

.Amizade e´amor sem asas.

.O rei dos desejos morre no hospital.

.Nada mais forte que amor e morte.

.A mulher veste o homem.

.A barriga não tem fiador.

..A boca da ambição não se fecha com a terra da sepultura.

.O amor e´como a virgindade ,depois que sangra,acaba.

.Qualquer tristeza diminui depois de comer.

.Não existe travesseiro mais macio que uma consciência limpa.

.A vida de um velho e´como uma vela acessa exposta ao vento.

.Elogiar não da´mais trabalho do que criticar.

.Melhor falar com Deus que com santo.

.O perdão e´uma uma rosa sem espinhos.

.Os doentes são impacientes.

.Conforme se faz a cama, assim se deita nela.

.Ficar velho e´obrigatório,crescer e´opcional.


Bonne Chance.


Autor:Marco Antonio E.Da Costa.









terça-feira, 15 de setembro de 2015

Caravanserai.

                                          CARAVANSERAI.

                                                      “O tempo e´a insônia da eternidade.”

                                                           Mario Quintana, Poeta gaúcho (1906-1994).





Caravana muda
No mar de areia

Estrela cadente
Polvilhando o céu

Luar silente,
Tributo ás dores

Olhar adormecido,
Vagando ao léu

Segue lacônica
Buscando em vão

Por verde oásis,
No deserto da solidão.




Autor:Marco Antonio E.Da Costa.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O Profeta.

                                O Profeta.
                                                   “Águias não usam escadas.”       
                                                                  Gibran.                                              





.Gibran Khalil Gibran ,1883,Libano  -1931,Usa.
.Escritor, poeta, pintor e filosofo da cultura árabe, deixou textos em árabe e Inglês. Morreu de tuberculose. Sua obra se caracteriza pelo tom Romântico e misticismo oriental. Aborda a espiritualidade e a beleza através de temas como; amor, morte, amizade, etc.

.Magnum Opus:  ”O Profeta”-1923.
.Nesta obra, o poeta reflete sobre as relações do homem consigo mesmo. A volta do homem a natureza. Busca viver o que cria, embora nostálgico e solitário, visita, pela Fe e pela poesia, o cimo das montanhas, mesmo sabendo que La não podia habitar. ”Vim para exprimir o que adormece no coração de cada um de nós.”
.Seu recurso mais freqüente era a Parábola, pequena narrativa que usa Alegorias, linguagem figurada com analogia ou comparação, para transmitir uma lição moral. Muito comum na tradição oriental, vale lembrar as inúmeras Parábolas de Jesus Cristo no Novo Testamento. Sofreu influencia da Bíblia, Blake e Nietzsche.


.Trecho de “O Profeta”:
. E um homem disse: “ Fala-nos do conhecimento de si próprio.”
.”E ele respondeu, dizendo:” Vosso coração conhece em silencio os  segredos dos dias e das noites.Mas vossos ouvidos anseiam por  ouvir o que vosso coração sabe.Desejais conhecer em palavras aquilo que sempre conheceste em pensamento.Quereis tocar com os dedos o corpo nu de vossos sonhos.E e´bom que o desejais.
A fonte secreta de vossa alma precisa brotar  e correr,murmurando para o mar; e o tesouro de vossas profundezas ilimitadas precisa revelar-se a vossos olhos.Mas não useis balanças para pesar vossos tesouros desconhecidos;e não procureis explorar as profundidades de vosso conhecimento com uma vara ou uma sonda.Porque o EU e´um mar sem limites e sem medidas.
.Não digais: “Encontrei a verdade “”.Dizei de preferência:”Encontrei uma verdade.”Não digais:”Encontrei o caminho da alma”,dizei de preferência: “Encontrei a alma andando em meu caminho”.Porque a alma anda por todos os caminhos.A alma não marcha em linha reta nem cresce como um caniço.A ALMA DESABROCHA,TAL UMA LÒTUS DE INÙMERAS PÈTALAS.

.Bibliografia:
.Gibran,K O Profeta.vozes,Petrópolis,1975.Trad Mansour Challita.
.Gibran,K The Prophet.Alfred Knoff,New York,1947.

Autor: Marco Antonio E. Da Costa.








                             

domingo, 2 de agosto de 2015

Fatalismo existencial Grego.

                                                       .Fatalismo Existencial Grego.

                                                                                        “E´de sombras o caminho do homem.”
                                                                                          SÒFOCLES, Dramaturgo Grego,
                                                                                                                         (496-406 ac.).






.Todos carregam
O peso
de suas escolhas
Como Sìsifo e Atlas
Empurram as pedras
Da existência
Suportam a carga
Das decisões
Alguns por um tempo
Outros por toda vida
Outros nem se dão conta
Amargura não é escolher
E´a rotina que daí advêm
Não se inova, se repete
Não se cria se copia,
Não se imagina se fala
Não se partilha se faz
Não se vive se existe.



Autor: Marco Antonio E. Da Costa.










quinta-feira, 16 de julho de 2015

Jornada.

                                           JORNADA.





Meu mundo
Não conhece fronteiras
Navegando por oceano de terras
Sob a lua
E as estrelas
E o som
Dos violinos
Pés descalços
Cabelos soltos
Giros lépidos
Perfume de liberdade
Soy gitano,
Hermano.



Autor: Marco Antonio E. Da Costa.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Provérbios Ciganos.


                                  Provérbios Ciganos.

                                                   “Thie Aves Thiatllõ lom, manrõ tai Sunkai !”
                                                    “Que você seja abençoado com o sal, o pão e o ouro.”
                                                                         Saudação Cigana.


.Provérbios. Ditos populares, frases e expressões, que transmitem conhecimentos coletivos e comuns. Costumam vir da tradição oral, com lógica, praticidade, situações cotidianas e origem anônima.

.Ciganos. Povo nômade de origem Indiana. Também chamados Boêmios, Calons e Gitanos.
Percorreu  todos os rincões do planeta,notabilizando-se por seus dotes musicais,festas,cores e rituais.Suas migrações são históricas, bem como as perseguições a que foram submetidos.Subdividem-se em clãs, com diferentes dialetos.,na mesma língua Romani.








.PROVÉRBIOS.

.Não se pode ir reto quando a estrada e´ curva.
.Se semeio urtigas, não posso colher rosa.
.A família e´o maior patrimônio do povo cigano.
.A sabedoria e´como a flor, de onde a abelha faz o mel e a aranha faz o veneno;
Cada um de acordo com a sua natureza.
.Não existe dinheiro no mundo que pague um filho.
.O conhecimento e´a maior riqueza, saber usá-lo e´riqueza eterna.
.A alma cigana perfuma o lugar por onde passa.
.Tenho minha casa no vento, e como o mar, tenho no vento a minha gloria.
.Se olhar para o passado pode  perder um olho, mas se não olhar  pode  perder os dois.
.O Vinho e´a bebida universal.
.Um Húngaro so´precisa de um copo de água e um violinista cego para se embriagar...
.A terra e´meu lar, o céu e´meu teto e a liberdade e´minha religião.
.Cachorro correndo sozinho se acha o mais veloz...
.Para se entender a Caravana e´preciso estar nela!
.Mais vale um filho no ventre que um baú cheio de moedas.
.A vida e´uma grande estrada ,a alma e´uma pequena carroça e Deus e´o condutor.
.So´no silencio o pássaro reconhece o canto do pássaro.
.Quando não se quer ver, de que adiantam as estrelas?
.Ser cigano e´,antes de tudo, um estado de espírito.
.Cigano não morre, vira estrela, para que os outros ciganos contemplem o céu.
.A mais bela fogueira começa com pequenos ramos.
.O pequeno e o grande só existem quando vistos de uma consciência limitada.
.A águia voa alto, mas com as asas cortadas, não passa de uma galinha grande.
.Um rato com rosa na cabeça continua um rato.
.Abres um caminho no chão em que estas, Bem-aventurado se descobres um atalho que te leve a´fonte...  

Optcha.!

Fontes:
Let.Estrelas.
UOL.
O povo das estrelas.
No mundo da Luna.
Wikipedia.

Autor: Marco Antonio E. Da Costa. 



                                                  

                                                                 

terça-feira, 23 de junho de 2015

De Profundis

                                        DE  PROFUNDIS.

                                                           “O Amor e ´uma encantadora loucura.”
                                                                  Nicholas Chamfort (1741-1794),
                                                                          Poeta Neoclássico Frances.







Uma mulher tem sempre véus
A serem desnudados
Mistérios, encanto e magia
Conferem ao coração feminino
A profundidade do oceano
Repleto de segredos e tesouros.


Este charme, às vezes,
Manifesta-se, como
Os lamentos das Sereias,
Á espera dos destroços das embarcações,
Enquanto Odysseus amarrado ao mastro,
Ensandecido pelo Canto, luta pra ir a sua direção.


A navegação continua
E os marinheiros/homens, embevecidos
Navios abalroados,
Corações naufragados, pelas Sereias/mulheres da existência,
Cede a sedução,
Sempre avassaladora...


Autor:Marco Antonio E.Da Costa.







      

domingo, 31 de maio de 2015

Reprise.

                                      REPRISE.

                                                      “Pouco ama aquele que pode dizer quanto ama!”

                                                      Francesco Petrarca.
                                                      Poeta renascentista italiano. (1304-1374).







Olho-te nos olhos,
Luar em chamas
Mil sóis
Iluminando montanhas.

Em tuas entranhas
Feito flor,
No teu livro
Um marcador.

No arquivo da memória
Sentimento do corpo
Ave noturna,
Vento de primavera.



Autor: Marco Antonio E. Da Costa.



                                                                

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Rumi.

                                              RUMI.

                                                      “Sem amor, nem uma gota se transforma em pérola.”
                                                                           Rumi,poeta persa.





Jalal Ad-Din (majestade da religião) Muhammad Rumi;
30\9\1207-17\9\1273; Poeta SUFI persa, Sec.XIII, passou parte da vida no sultanato de Rum (hoje Turquia); escreveu poemas de caráter espiritual e afetivo. Após sua morte, seus discípulos fundaram a Ordem Sufi Mawlawiyah ou Dervixes girantes. Estes místicos entendem que pela dança -cerimonia Semi- podem alcançar o êxtase cósmico. Sua prática e´encontrada ainda hoje na Pérsia e Turquia.

Sufismo ou tasawwuf,sabedoria mística islâmica.Seguem a SHARIA,lei do Profeta Mohhamed,bênçãos sobre Ele. Seu nome deriva de Sufi,que significa: lã,por ter seus seguidores esta veste no início.O Sufismo pode ser Sunita ou Xiita,buscando uma visão interior da vida e do ser (esotérica).Contempla, ainda, a ética religiosa,a espiritualidade e o coração.Deus e´amoroso e o contato com ele pode ser alcançado pelo Islã. Princípio: “Estar no mundo, mas não ser dele.”; não ceder a´materialidade mundana dominante,sua origem remonta ás meditações do Profeta,que Ala´o proteja.

.Pensamentos:

.Porque você permanece na prisão quando a porta esta aberta?


.O anjo salva-se pelo conhecimento,
O animal pela ignorância,
Entre os dois o homem permanece em litígio.


.O que você procura esta procurando por você.


.Se o mundo te Poe de joelhos, ore.


.Você não e´uma gota no oceano.
Você e´um oceano inteiro em uma gota.


.Não se lamente. O que se perde retorna de outra forma.


.Você aprende pela leitura, mas a compreensão vem pelo amor.


.O amor e´ a cura para a sua dor.


Poemas:

.Vem,
Direi-te em segredo
Aonde leva esta taça.
Va´como partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.
Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.



.Faltam-te pés para viajar?
Viaja dentro de ti mesmo,
E reflete como a mina de rubis,
Os raios de sol para fora de ti.
A viagem conduzira a teu ser,
Transmutara teu pó em ouro.



.Busco meu coração, o encontro em teu quintal,
Busco minha alma, não a vejo a não ser nos cachos de teu cabelo
Bebo água, quando estou sedento
Vejo na água o reflexo do teu rosto.



.À noite pedi a um velho sábio
Que me contasse todos os segredos do universo
Ele murmurou lentamente em meu ouvido
-Isto não se pode dizer isto se aprende.



.Vem ao jardim na primavera, disseste
-aqui estão todas as belezas, o vinho e a luz
Que posso fazer com tudo isso sem ti?
E, se estas aqui, para que preciso disto?



Referencias:

Autor: Marco Antonio E. Da Costa.












quarta-feira, 15 de abril de 2015

MARIANA.

                                                MARIANA.

                                                                    “ Não perguntes por quem os sinos dobram,
                                                                      eles dobram por ti´.”
                                                                               John Doone (1572-1631),poeta metafísico Ingles.


O crepúsculo cala
Os evóes festivos,
Os anjos chamam
Pelos prados.

Profanas euforias
Silenciam ante o sacro
Crenças plangentes
Exalam incenso e réquiens.

Em tons de vinho
A tarde se põe
O Angelus de bronze clama
Madeiras escutam.

O outono seco
Viceja grãos de esperança,
O solo plúmbeo
Cede aos ecos de mel.

A água santificada
E ´o signo do sal da terra,
A chuva permeia
Capelas e almas ocas.

Promessas e lírios
Na milenar história
De penitencia e culpa
Em meio a iluminuras.

Busca por absolvição
Pelos desejos da carne
E tormentos do espírito,
Inerte sina humana.

Em pedra sabão
Anjinhos barrocos
Fitam com seus olhos estáticos
O imo dos peregrinos.

Os Cedros
Como os fiéis
Ouvem em silencio
As mensagens da fé.

Sinos dobram
Para os fiéis,
Bocas sedentas
Buscam hóstias redentoras.

Também lembram
Os sinos, a morte
Espinho da carne
Celebração da vida eterna.


  Autor: Marco Antonio E. Da Costa.             

sábado, 4 de abril de 2015

Paixâo.

                                   PAIXÂO.

                                                    “ O amor e´o carinho,
                                                       E´o espinho que não se vê em cada flor.”
                                                        Vinicius de Moraes. (1913-1980).



Durante a vida
A paixão não se cria
O amor não se perde
Os sentimentos acontecem

Acontecendo,
Repetem-se,
Repetindo-se ,perdem-se
Ou criam-se


E se transformam
Em alegria, como flor perfumada
Ou dor, como espinho dilacerante
A a isto ,chamamos amor.


Autor:Marco Antonio E. Da Costa.



             


segunda-feira, 16 de março de 2015

Abraço Genital.

                                           ABRAÇO GENITAL.


                                                                          “Na longa ausência, o verdadeiro afeto se prova.”

                                                                                       Luis Vaz De Camões,
                                                                                    Poeta Luso (1524-1580).








Quando meu desejo
Afoga-se em tuas veias,
Rasga mares escala montes
Voa livre de mistérios e trevas.

Teus olhos tem o brilho
Do ouro mais puro
Teus lábios,
a mais delicada lamina.

Pequenos sorrisos
Sussurros da lua
Mãos buscam mapas
No silencio do horizonte.

Como flor
 Que surge no deserto,
O suor chove
Na alcova.

E os rios de tua carne
Sabem de cor e sempre
Os segredos do meu corpo
e o copo de amor transborda orgasmo.


Autor: Marco Antônio E. Da Costa.