sábado, 26 de outubro de 2013

Cruzeiro,campeâo brasileiro de 1966.


CRUZEIRO: CAMPEÂO BRASILEIRO DE 1966.






Introdução.

Caros irmãos e irmãs Celestes, os Romanos já nos ensinaram :“Historia Magistra Vitae” ,
Ou seja, A Historia e´ a mestra da vida; para os que não estão familiarizados com nossas conquistas ( são muitas ,afinal),escreverei algumas crônicas sobre alguns dos mais importantes títulos do Nosso amado Cruzeiro esporte Clube. Para os que já conhecem, fica a saborosa recordação.
Taça Brasil de 1966.
Este torneio, eliminatório, equivalia ao campeonato Brasileiro, na ocasião. Tanto assim e´, que em 2010, os títulos dos campeões desta competição foram homologados pela CBF, a saber:

1959.Bahia,1960 e 1967Palmeiras,1968.Botafogo,1961,62,63,64,65.Santos,1966.CRUZEIRO.
Este formato de torneio perdurou de 1959 até 1968, tendo os campeões estaduais do ano anterior, de todo o país se enfrentado. O vencedor representava o Brasil na LIBERTADORES DE  AMERICA,torneio continental que existe desde 1960.

Início.
O Cruzeiro conquistou o primeiro campeonato regional disputado no Mineirão, em 1965, de modo indiscutível. Eis a campanha:  3X0 e 1x0 Valeriodoce; 4X0 e 1X3 Renascença; 5x0 e 8x3 Siderúrgica; 1X0 e 2x1 at.mg; 3x0 e 0X0 democrata.sl; 4x2 e 0X0 Uberaba; 2X2 e 5x0 vila nova; 2X0 e 7X0 nacional Uberaba; 1X0 e  7X1 guarani div.;  2X1 e 3X2 América; 2X1 e  6X0 Uberlândia. Tostão, artilheiro com 17 gols, 22 jogos, com 18 vitorias, 3 empates e 1 derrota.  70 gols marcados.Este título credenciou o Cruzeiro a disputar a Taça Brasil do ano seguinte.
Time base :Tonho,Pedro Paulo, William,Vava´e Neco, Piazza e Dirceu Lopes, Natal,Tostão, Marco Antônio e Hilton Oliveira.Participaram também:Fabio, Meinha,Emerson,Dilsinho e Tenório, Ilton C.,Picinin,João Jose . Rossi, Fescina, Dalmar e Wilson Almeida. E ainda: Valdir, Soquete, Tião,Hipólito,Massinha,Neco, Nerival e Antoninho.
Técnico : Ayrton Moreira.


 A Conquista.
O Cruzeiro sagrou-se Campeão Brasileiro INVICTO de 1966, ao conquistar a  VIII Taça Brasil, com a seguinte jornada épica:
.Cruzeiro  4X0 Americano, em Campos.Jogo de ida.7/9/1966.
Gols: Tostão, Natal, Zé Carlos e Evaldo.
.Cruzeiro 6X1 Americano, no MINEIRÃO. Jogo de volta. 14/9/1966.
Gols: Evaldo 3, Natal,Zé Carlos, e Marco Antonio.

.Cruzeiro 0X0 Grêmio, em P. alegre. Ida. 9/10/1966.
.Cruzeiro 2X1 Grêmio, no Mineirão. Volta. 23/10/1966.
Gols: Tostão, Marco Antônio.

.Cruzeiro 1X0 Fluminense, no Rio. Ida. 9/11/1966.
Gol: Evaldo.
.Cruzeiro 3X1 Fluminense, no Mineirão. Volta. 23/11/1966.
Gols: Evaldo 2 e Dalmar.


A Decisão:
Noite Inesquecível.
Com esta campanha o Cruzeiro chegou a final para enfrentar, ninguém menos que o Santos de Pelé, base da Seleção Brasileira da ocasião, bicampeão da Libertadores e do mundo e Penta da taça Brasil.Equipe  poderosa que contava com nomes como: Gilmar,Zito,Toninho e Pepe.
Levado por meu saudoso Pai, que Deus o tenha, criança ainda, cheguei ao estádio e encantado com a iluminação;o jogo foi em uma quarta-feira a noite,fixei meus olhos infantis naquela Camisa Azul com 5 estrelas, no Manto que marcaria minha vida para sempre.Não entendia bem as regras, mas  meu Pai, paciente, explicava cada fato ou situação que ocorria.
As equipes perfiladas, o Cruzeiro de Camisa Azul e calções brancos e o Santos, todo de branco.
A mídia, já dava como certa a vitoria Santista, pelo histórico do clube Praiano.
No entanto, para delírio dos torcedores que la estavam - inclusive eu , o que se viu foi uma exibição magistral de Tostão e Cia. Já no primeiro tempo goleava por 4X0 !
Reza a lenda, que Zito ,perguntado por um colega porque não parava Dirceu Lopes;respondeu, ”Ele e´mais liso do que quiabo...” Segundo tempo, o Santos esboçou uma reação com 2 gols,mas o Cruzeiro fez mais dois.Saí de  la´ convencido de que vira algo raro e eterno. O Cruzeiro não so´ venceu, mas ,goleou um esquadrão fortíssimo.

.Cruzeiros 6X2 Santos. Mineirão. Ida. 30/11/1966.
Gols: Dirceu Lopes 3,Tostão,Natal e Zé Carlos.

A Virada.
O jogo seguinte foi repleto de provocações por parte do dirigente santista, que não se conformava com a derrota. E afirmou que em São Paulo a vingança seria terrível...o jogo de volta foi realizado no Pacaembu e o Cruzeiro foi Motivado,por já ter conquistado o Bi-campeonato regional-1966, com uma vitoria ( time reserva) sobre o America,1X0.
Diante da TV ,estávamos “meu velho” e eu ,que tinha pouco costume de ver TV a noite, mas era uma ocasião especial.Meu pai me tranqüilizava, dizendo que um empate bastava para o Cruzeiro ser Campeão.Caso perdesse, teria de ter uma terceira partida , em campo neutro,mais provável;maracanã.Primeiro tempo,Santos 2X0 !
Pela primeira vez, comecei a sentir a angústia que invade qualquer torcedor, quando seu clube de coração esta em um momento difícil. Meu Pai,percebendo minha dificuldade em engolir um pouco de refrigerante,ponderou “Os deuses do futebol tem seus próprios caminhos.”Esta frase até hoje ecoa em minha memória, sobretudo nos momentos complicados...
Soube depois, que um dirigente da federação paulista, no intervalo da partida, foi ao vestiário Azul para marcar a terceira partida! Recebido pelo saudoso e eterno presidente Don Felício Brandi, recebeu a lacunar resposta “ O jogo ainda não acabou!”.Alem disso, o lateral direito Pedro Paulo,conhecido por seu vigor físico colocou o tipo para correr aos berros de que não haveria terceira partida.
Segundo tempo.
O Cruzeiro volta arrasador, mas tostão perde um pênalti logo no inicio do segundo tempo.
A equipe não se abala e mostra a que veio,com uma aula de futebol o Cruzeiro vence por 3X2 !
O Cruzeiro e´ o legitimo Campeão Brasileiro de 1966.Não sei descrever o que senti, mas me lembro do “ Velho” me dizendo; “ eu não te falei...”Um gigante foi vencido, outro surgiu.
Pelé, o rei do futebol e os atletas santistas,com a simplicidade dos grandes , cumprimentaram os “garotos” que acabavam de fazer Historia e o capitão Wilson Piazza se encarregou de receber a taça! O primeiro Clube Mineiro a ser Campeão do BRASIL !






.Cruzeiro 3X2 Santos, em São Paulo. Volta. 7/12/1966.
Gols: Tostão, Dirceu Lopes e Natal.
Equipe : Raul,Pedro Paulo,William,Procópio e Neco, Piazza e Dirceu Lopes,Natal,Tostão,Evaldo e Hilton Oliveira.     Zé Carlos, coringa de ouro. Técnico.Airton Moreira.

Em tempo: A volta olímpica com a Taça Brasil e a Taça do BI-campeonato mineiro foram entregues após  um clássico .

.Cruzeiro 1X1 at,MG .Mineirão.12/12/1966
Gol:Evaldo.

Espero que estas memórias sejam para vocês leitores, o que tem sido para mim ao longo do tempo, não apenas a sensação de triunfo, mas, a percepção de que problemas sempre existem e cabe a nós superá-los.Quanto mais árdua a tarefa, mais saborosa a conquista.

Referencias:
Cruzeiro. Supercampeão. Ema, Belo Horizonte, 1969.
Arquivo Pessoal.

Autor: Marco Antonio E. da Costa.

Saudaçôes Celestes.






quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Macbeth

Autor: Flávio carvalho
Macbeth é uma tragédia do dramaturgo inglês William Shakespeare, sobre um regicídio e suas consequências. É a tragédia shakespeariana mais curta, e acredita-se que tenha sido escrita entre 1603 e 1606, com 1607 como a última data possível.



Sobre a peça:
Shakespeare pegou a história emprestada de diversos relatos existentes nas Crônicas da Inglaterra, Escócia e Irlanda, uma história das ilhas Britânicas compilada inicialmente por Raphael Holinshed e muito conhecida na época. Nas Crônicas um homem chamado Donwald encontra diversos membros de sua família assassinados pelo seu rei, o rei Duff, por terem se envolvido com bruxas. Após ser pressionado por sua esposa, ele e quatro de seus criados matam o rei em sua própria casa. Quanto ao próprio Macbeth, as Crônicas o retratam como um personagem esforçado em manter o reino diante da incapacidade do rei Duncan. Ele e Banquo encontram-se com três bruxas, que fazem exatamente as mesmas previsões da versão de Shakespeare; os dois tramam então a morte de Duncan, a pedido de Lady Macbeth. Macbeth reina então por dez anos antes de eventualmente ser deposto por Macduff e Malcolm. Os paralelos entre as duas versões são claros; alguns estudiosos, no entanto, acreditam que a obra Rerum Scoticarum Historia, de George Buchanan, seja ainda mais similar à versão de Shakespeare. A obra estava disponível, em latim, na Inglaterra da época de Shakespeare.

Macbeth foi adaptado diversas vezes para o cinema, destacando-se a versão de 1948 com  Orson Welles dirigindo e interpretando o personagem título, e a versão de 1971 dirigida por Roman Polanski, com Jon Finch  como Macbeth.





Sinopse:
Macbeth e seu amigo Banquo eram generais do exército da Escócia. Enquanto cavalgavam, ouviram vozes. Tratava-se de três bruxas que preveram que Macbeth se tornaria Lord de Cowdor – o de mais alta confiança do Rei, e posteriormente, seria coroado Rei da Escócia.
Somente poderia tornar-se rei os filhos ou, na ausência destes, o general de Cowdor. Tendo isso em vista, Macbeth sabia que para essa profecia tornar-se realidade, seria necessário atravessar a hierarquia de algumas pessoas, mas principalmente do filho do Rei, o jovem Malcom. Além disso, seu amigo Banquo, que já o avisara que essa ambição traria a ele muitas consequências, era a principal testemunha da previsão das bruxas e desconfiaria de qualquer atitude de Macbeth.
Após vencerem uma batalha contra a Noruega, os generais foram procurados por mensageiros de Duncan, naquele momento, Rei da Escócia, que informam a eles que o Rei quer parabenizar Macbeth pela vitória contra a Noruega e que irá torná-lo Lord de Cowdor.
Com a primeira parte da profecia já realizada, Macbeth acredita mais ainda nas bruxas de que logo seria coroado Rei. Resolve então contar os ocorridos para sua esposa, que exercia forte influência sobre ele e decidem cometer uma série de assassinatos, começando pelo amigo Banquo.
A sua esposa então, começa a tramar a morte do Rei Duncan para logo tornar-se rainha. Organiza uma festa em sua casa com o pretexto de que todos assistissem à morte de um traidor do Rei. A festa acontece e o homem é enforcado. Quando todos os hóspedes vão dormir, a esposa de Macbeth dá orientações a seu esposo de como tudo deveria ser feito. Começa então servindo vinho aos camareiros que fazem a guarda do Rei, e isso os faz dormir mais profundamente. A caminho do quarto onde o Rei dormia, Macbeth começa a ter visões de um punhal, o que estranha. Ele então entra no quarto e mata o Rei com o punhal. Logo em seguida, Macbeth começa a ter outras visões, a ouvir vozes, mas logo acha que tudo aquilo era só imaginação. Sua esposa coloca o punhal usado nas mãos de um dos camareiros com o objetivo de incriminá-los. Ao amanhecer, os mensageiros do Rei chegam para acordá-lo e deparam-se com o Rei morto. Aos gritos, todos acordam e Macbeth, encenando desespero, mata os camareiros do Rei na frente de todos, dizendo que aqueles eram os perigosos assassinos.
O filho do Rei, Malcom e seu companheiro, o nobre Macduff, fogem para a Inglaterra, com medo de serem incriminados pelo assassinato.
Macbeth que já era Lord de Cowdor, e na ausência de filhos do Rei, é então coroado Rei da Escócia. Porém, já na festa de seu reinado, o fantasma do Rei Duncan e de Banquo aparecem para ele. Sua esposa, agora chamada de Lady Macbeth, que antes poderia ser condiderada uma mulher tímida, recatada e de bem, após revelar sua ganância, egoísmo e poder de persuadir o esposo, também passa a ter delírios e crises de sonambulismo.  Em uma dessas crises, Lady Macbeth, inconscientemente revela ao médico e à sua camareira que a observavam, que tem culpa nos assassinatos. Faz repetidamente o gesto de lavar as imaginárias manchas de sangue das mãos e isso também a denuncia. Posteriormente, Lady Macbeth comete suicídio.
Macbeth, ignora a morte da esposa, argumentando que ela teria que morrer "em uma melhor hora." Cansado de ter visões, Macbeth vai consultar novamente as bruxas. Numa segunda previsão, as bruxas dizem que ele só seria derrotado se um “bosque chegasse ao castelo”, e que ele não precisaria preocupar-se, pois “nenhum homem nascido de mulher” poderia matá-lo, porém avisa-o para tomar cuidado com Macduff, o nobre que fugiu com Malcom, filho do Rei.
Ambas as previsões pareciam impossíveis: que um bosque chegasse ao castelo e que existisse de um homem que não houvesse nascido de mulher, assim, Macbeth sentia-se seguro mas, por precaução , manda matar a esposa e todos os filhos de Macduff.
 Mensageiros procuram Macduff na Inglaterra, e quando contam a ele a tragédia com sua família, Macduff decide voltar para a Escócia, mas para guerrear contra Macbeth.
 Com a ajuda de 10.000 homens do exército inglês, aproximam-se então do castelo. Os soldados ingleses, para se camuflarem, seguravam troncos e ramos de árvores e isso, sendo visto de longe, parecia um bosque ou uma montanha em movimento, cumprindo-se então a primeira parte da segunda profecia das bruxas.
Começa então a guerra entre os exércitos e o duelo entre Macbeth e Macduff. Durante a luta, Macbeth diz ao oponente que está seguro porque nenhum homem nascido de mulher poderia matá-lo, mas Macduff revela a ele que não nasceu, e sim, foi tirado prematuramente do ventre da mãe por cesariana. Macduff então mata Macbeth e tira-lhe a cabeça. Assim, em grande festa, Malcom, filho do Rei Duncan é então coroado e consagrado Rei da Escócia.
Análise da peça:
A peça de Willian Shakespeare, Macbeth  eu seu inicio nos faz refletir se o que acontece em nossas vidas e o que fazemos é nossa culpa ou existe um destino que nos guia. No inicio vemos três bruxas prevendo a  ascensão de Macbeth na nobreza e posteriormente ele se tornaria rei. Elas avisam de sua previsão a Macbeth após este ter saído vitorioso em uma batalha, ele de inicio fica cético quanto ao que foi lhe dito, mas após parte da previsão ter se concretizado, ele começa a acreditar no que as bruxas lhe disseram e luta para que toda a previsão se concretize.
Logo seduzido pela ambição da previsão das bruxas e influenciado por sua esposa, Macbeth assassina o rei para ser coroado rei da Escócia e persegue Lord Banquo para evitar que o restante da previsão ocorresse, que os descendentes de Banquo e não dele seriam os reis da Escócia.
Macbeth fez o que fez por sua vontade ou o destino o forçou a cometer os crimes que cometeu para que se tornasse rei?
As bruxas sabiam o que Macbeth faria, e ao admitir a presciência em relação aos acontecimentos futuros —, se assim se deu, pode nos fazer refletir se pode existir uma vontade livre onde é evidente uma necessidade tão inevitável?
Ainda que as bruxas prevejam as nossas vontades futuras, não se segue que não queiramos algo sem vontade livre. Não podemos negar que algo não está em nosso poder, quando aquilo que queremos não se encontra à nossa disposição. Entretanto, quando queremos, se a própria vontade nos faltasse, evidentemente não o quereríamos. Mas se, por impossível, acontecer que queiramos sem o querer, está claro que a vontade não falta a quem quer. E nada mais está tanto em nosso poder, quanto termos à nossa disposição o que queremos. Consequentemente, nossa vontade sequer seria mais vontade, se não estivesse em nosso poder.

Se as coisas previstas acontecem necessariamente, não é porque a presciência das bruxas, mas somente porque há uma presciência. Porque, se a coisa prevista não fosse certa, não haveria presciência. Não se segue na previsão das bruxas que MacBeth seria forçado a fazer aquilo que foi previsto; nem a presciência mesma o forçaria a fazer o que ele fez.

Todos os atos criminosos de Macbeth foram movidos pela ambição de ter o poder e se eternizar nele através de seus descendentes. Um simbolismo do ser humano de ter o poder por tempo indefinido. O poder por ser uma armadilha.
“Não invejem a sorte dos que estão em posição privilegiada. O que parece ser altura é, na verdade, um precipício.
Aqueles a quem uma sorte iníqua colocou em uma encruzilhada, estarão seguros diminuindo as coisas que são por si elevadas, conduzindo seu destino tanto quanto possível no nível de normalidade.
Muitos são os que devem se manter em seu pedestal, do qual não podem descer a não ser caindo.” – Sêneca.
A ambição desmedida por se consolidar no poder fez MacBeth perpetrar mortes em todo reino da Escócia, tornando a situação intolerável, levando a uma rebelião da nobreza contra ele, tendo uma funesta consequência que fora sua morte.
O poder longe de ser uma fonte de sua satisfação fora fonte de sua ruína, sua busca o fez cometer crimes horríveis, inclusive de seu amigo Lord Banquo, o suicídio de sua esposa, o abalo de sua saúde mental com os crimes e por fim a sua morte.
Diz-nos Epicuro:
“O apogeu do prazer será alcançado quando todas as dores forem eliminadas.”
Longe de o levar a bem-aventurança, a ambição de Macbeth só o levou ao sofrimento e morte. A ambição pode ser considerada negativa quando implica em cometer crimes ou quando trás sofrimento.  
Os crimes e traições de Macbeth vieram com consequências tanto para ele quanto sua esposa logo que praticados. Em meio a um banquete para a nobreza, Macbeth avista o fantasma de Lord Banquo, que ele acabara de mandar matar Lord Banquo e este vem o condenar pelo seu ato de traição. Já Lady Macbeth enlouquecida em vão tentava lavar suas mãos do sangue de seus crimes. Em contraste com o rei Ducan que fora traído por dois homens em quem ele confiava, mas que morrera em paz, de consciência tranquila.
 “A vida de um justo é pouco perturbada por inquietações, a do injusto é cheia das maiores inquietações.” – Epicuro.
O fantasma de Lord Banquo e o sangue nas mãos de Lady Macbeth, representam o tormento, as inquietações que sua consciência lhes impõe, por mais que ambos fossem ambiciosos, em seu interior, sua consciência sabe o que fizeram é errado e esse senso de justiça interior os atormenta com a culpa pelos seus atos como repetindo que nunca deveriam terem feito o que fizeram. Já o rei Ducan que nada fez, morreu tranquilo sem ter algo em sua consciência que o atormente.
Fonte:
AGOSTINHO. Livre-Arbítrio. São Paulo: Paulus, 1995.
EPICURO Pensamentos. São Paulo: Martin Claret, 2012.
William SHAKESPEARE. Macbeth. Rio Grande do Sul. L&PM, 2006.
William SHAKESPEARE. Macbeth. São Paulo. Martin Claret, 2012.
SÊNECA. Da Tranquilidade da alma precedido de Da Vida retirada e seguido de da Vida Feliz. Rio Grande do Sul: L&PM, 2012.



sábado, 19 de outubro de 2013

Poemas




Poemas dedicados ao Imortal poeta Vinicius de Moraes (1913-1980),
 no Centenário de seu nascimento.









                                               POEMIA.

                            Sentimento,
                    Escrito com 10 letras;
                             Escrevo com 4,
                     VOCE !     






                                                 DESERTO. 

                            Solidão,
                        Marca registrada
                        Da humanidade;
                        Toda tragédia
                         Deixa
                            Sobreviventes.






                                                   BARRUECO.

                                 E´ preciso coragem
                                 Para que a ostra
                                 Revele a perola
                                 Que traz em si.





                                             COTIDIANO.

                                 Ruas cheias,
                                 Lojas e ônibus apinhados,
                                 Tudo repleto de gente,
                                  Noite e dia
                                  E tanta gente vazia.




Autor: Marco Antonio E. da Costa.


                                      


domingo, 13 de outubro de 2013

necropsia



                                            Necropsia.

Cadáver  civilizado ,
Polido e educado
Aguarda,
 em silencio,
A  autopsia

Por horas,
Sem se queixar
Comedido e silente
Sabe que sua vez
Vai chegar.

Na solitária escuridão
Uma  depressiva reflexão
Pergunta:
Existe vida
 Antes da morte?



Autor : Marco Antonio E. da Costa.

sábado, 12 de outubro de 2013

Paulo apostolo



                                                     O Apostolo Paulo.
                                                                                   “ Tudo e´ permitido,nem tudo e´ oportuno."   
                                                                                                        Paulo de tarso.

  






Introdução:
Paulo, nascido Saulo, em 5 AD., em Tarso,colônia grega na Ásia sob os Romanos,atual Turquia.
Executado em 67 AD. (decapitação),em Roma, capital do maior império de então.
Culto, erudito e grande orador, em seus primevos dias fora defensor ferrenho da lei mosaica e perseguidor implacável do nascente Cristianismo. Fontes históricas indicam que participou (como testemunha) da lapidação ( apedrejamento)de Estevão, na terra santa, por ter este ultimo  fé inabalável. Após se converter ao Cristianismo, episodio da “estrada de Damasco”, passou a usar sua eloqüência e cultura a serviço da divulgação da nova religião, considerada então, subversiva e imoral.
Convencido de que o Messias havia de fato sido crucificado, afastou-se das crenças judaicas e começou a organizar a doutrina crista. Escreveu grande numero de Epistolas (cartas, em grego) no Novo Testamento. Alem da fundamentação teórica, buscou, ainda, expandir os ensinamentos de Cristo, por todos os lugares. Tendo chegado, junto com Pedro, que conhecera Cristo, até o coração do Império; ROMA.

Trajeto:
Tendo recebido educação farisaica, em Jerusalém, participou, num primeiro momento, das perseguições aos cristãos; por entender que estes contrariavam os preceitos judaicos. Ex. a idéia de que o Messias era um carpinteiro e fora crucificado, era –para ele –uma heresia. Suas primeiras “vitimas” foram cristãos judeus da diáspora Grega, sendo que muitos deles fugiram de Jerusalém. Por volta de 35 AD, ia Saulo para Damasco –Síria, também sob Roma- em missão do sumo sacerdote, quando uma luz brilhante vinda do céu o envolveu.” Uma voz ,em Hebraico, lhe disse: “ Saulo,Saulo;porque me persegues?”Aturdido,perguntou?” Quem es tu´,Senhor?”
A resposta, que mudou sua vida, “ Eu sou Jesus,a quem tu persegues.”Apesar da duvida inicial, Paulo sabia que aquela era uma “visão celeste”.O impossível aconteceu. A luz cintilante cegou Paulo ( metáfora da cegueira espiritual de Paulo?).Apos 3 dias em Damasco,em plena cegueira e em orações, foi ajudado por um judeu convertido, de nome Ananias.Curado, foi batizado e se converteu ,tornando-se ,agora,tenaz defensor do ideário cristão. A partir de então, pregou sem cessar, por diversos lugares: Nabateia ( Arábia) , Jerusalém, Síria, Grécia, Ásia ,Itália e finalmente ;Roma. Sua evangelização missionária tornou-o popular e respeitado.
Preso e espancado diversas vezes, persistiu em seu objetivo, que era difundir a boa nova; tendo fundado muitas comunidades Cristãs nas cidades visitadas. Uma de suas maiores contribuições, foi a pregação aos Gentios, ou seja,os não judeus.Afinal, a mensagem era destinada a todos...
Incansável, conciliou divergências  internas e estabeleceu outras; por exemplo :ao negar a circuncisão como elemento Cristão ,distanciando de vez a pratica Crista deste costume judaico.
Vislumbrava um Cristianismo “internacional”,rompendo fronteiras e preconceitos.
Acreditava que com a divulgação do Evangelho (Revelação),o poder de Deus ,salvaria os que acreditassem e seria uma resposta a violência e corrupção que escravizavam a humanidade.Embora reconhecesse a fraqueza humana,entendia o amor de Deus como maior e capaz de resgatar todos os seus filhos. “ Se Deus e´ por nos,quem será contra nos?”,indagava ele,reiterando o amor Divinal. Capturado em Jerusalém, foi enviado a Roma, onde ficou em prisão domiciliar ( continuava pregando e escrevendo) ate´ sua condenação, em 67 AD, na grande perseguição promovida aos Cristãos ,pelo imperador Nero.

Herança:
Genuíno defensor da Fé, Paulo representa, de modo persistente, a crença capaz de enfrentar obstáculos, mesmo difíceis. Foi um intelectual a serviço da fé, assim como Santo Agostinho, Séculos IV-V ad.;que buscou nele a idéia de que a Fe´,e´ o caminho de salvação.
E Lutero, Século XVI, que constituiu sua” Sola fide” (por Fe,´somente),argumentação protestante.
A tradição reza ,que às vésperas da execução,teria dito: “ Combati o bom combate,terminei  minha carreira e guardei a fe´.”
Exemplo de coragem e determinação,  canonizado São Paulo ,tem sua festa litúrgica em 29 de junho, junto com São Pedro.Não e´ por acaso que as estatuas de ambos reinam silentes no Vaticano.
Na  primeira Epistola aos Coríntios ,Paulo alerta para a importância do AMOR genuíno e demonstra qualidade poética em sua fé.   Data e local prováveis: Èfeso, 55 AD.
No capitulo 13 , “ o apóstolo dos gentios” ,fala sobre ÀGAPE ( Amor) :
“ Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos ,e não tivesse AMOR, seria como metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia,e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda, que tivesse toda fe´, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda minha fortuna pelo bem dos pobres, e ainda que entregasse meu corpo para ser queimado,se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor e ´paciente, e ´benigno; o Amor não e´invejoso,não trata com leviandade, não ensorbebece,não se porta com indecência,não busca seus interesses,não se irrita,não suspeita mal, não folga com a injustiça,mas folga com a VERDADE.
Tudo tolera, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecera;porque em parte  em parte conhecemos, em parte profetizamos;mas quando vier o que e´ perfeito,então o que e´ em parte  será aniquilado.Quando eu era menino falava como menino,sentia como menino,agia como menino,mas,logo que cheguei ,a ser homem,acabei com as coisas de menino.Porque agora vemos por espelho em enigma,mas , então veremos face a face ;agora conheço em parte,mas então conhecerei como também sou conhecido.Agora,pois,permanecem a fé, a esperança e o Amor,estes ter, mas o Amor destes três e´ o maior.”

Breve Glossário:
Apóstolo,do grego,Mensageiro,enviado.
Crhistos,do Grego,Ungido,Escolhido.
Jerusalém,do Hebraico,legado de paz.
Paulo,do Latim, pequeno.(Ref. A estatura de Paulo ? )
Roma,do latim, derivado de Rômulo, fundador mitológico da cidade.
Saulo,do Hebraico,o que ora por.

Referencias/Bibliografia:
Biblia on line.
Biblia ilustrada.Barsa,São Paulo,1966.
Dias,Acacio. Dicionario Bìblico.Ed.Aurora,Rio de janeiro,1965.
Diversos,Autores.  Grandes personagens da Biblia.R.Digest,Lisboa,1997.

Autor: Marco Antonio E. da Costa.




segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Hà quem diga


                              HÁ  QUEM  DIGA.
                                                               “ So´ e´ livre quem não teme o ridículo.”
                                                                          .  Beaumarchais (1732-1799)


Há ´quem  diga...

Que o vento auxilia quem sabe velejar
Que sempre há caminhos a procurar
Que a lágrima alivia o  constante penar
Que olhares entendem o gesto de amar.


Que tesouros e piratas estão em qualquer lugar
Que todas as estradas deságuam no mar
Que sonhos acontecem para quem acreditar
Que paixões bailam sob o luar


Que gemidos ecoam nos tempos sem cessar
Que navios ancoram em qualquer lugar
Que tudo e´ leve para quem acreditar
Que os fortes seguem sem pestanejar

Que a verdade
 nunca ira se calar
Que viver não e´ preciso,
 preciso e´ navegar !

Autor : Marco Antonio E. da Costa.