quarta-feira, 16 de junho de 2021

Bocage.

 .        Soneto.


Meu ser evaporei na lida insana

Do tropel de paixões ,que me arrastava;

Ah! Cego eu creia,Ah!misero eu sonhava

Em mim quase imortal a essência humana.


De que inúmeros sois a mente ufana

Existência falaz me não doirava!

Mas eis sucumbe a Natureza escrava

Ao mal que a vida em sua origem dana.


Prazeres,sócios meus e meus tiranos!

Esta alma,que sedenta em si não coube,

No abismo vos sumiu dos desenganos.


Deus,ò Deus !...Quando a morte a luz me roube,

Ganhe um momento o que perderam anos,

Saiba morrer o que viver não soube.


Manuel Maria L ´Hedoux Barbosa Du Bocage.

Poeta Arcádico.




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