O termo sofista tinha dois significados.
O primeiro significado era positivo, interno ao grupo. Era algo como "sábio". Mas era comum que se chamassem de "dáskalos" (professores). Eles se viam como professores de excelência intelectual. Entendiam que como tudo era relativo então a arte da sabedoria por excelência era a retórica. Em outras palavras, manjar de como convencer os outros para satisfazer os interesses de quem convence. Não a toa os sofistas ganhavam muita grana como advogados.
Protágoras defendia que tudo que temos do mundo são impressões passageiras, portanto cada um define o que é verdade pra si mediante opinião pessoal.
O segundo significado é o que Platão deu. Sobretudo no diálogo "O Sofista", que pra mim é o segundo diálogo mais difícil de entender, (só perdendo para "Timeu"), no qual detona Protágoras até dizer chega. Nesse contexto, sofista é usado mais ou menos como "espertalhão", "malandro". Isto é, alguém que enrola os outros, sendo capaz de convencê-los com artifícios retóricos de que o céu é vermelho e não azul (se isso lhes gerar alguma vantagem).
Nenhum comentário:
Postar um comentário