Ambos são fundamentais mesmo na Filosofia Moderna.
E ambos são racionalistas pra valer. Acreditam no poder da lógica e da razão.
Mas a experiência filosófica de Descartes nasce da dúvida. Será que o mundo existe mesmo? Posso estar sendo enganado por um deus maligno! No mar de incertezas só sei de duas coisas : a) que eu existo; b) minha garantia de que posso viver nesse mundo, mesmo que seja fictício, está no fato de Deus sustentar a consistência da minha cognição. Baseado nessas duas certezas é melhor eu aplicar um método bem racional para tomar decisões neste mundo possivelmente falso e mau, que quer me induzir ao erro o tempo inteiro.
Já Kant parte da seguinte intuição: o mundo existe, mas quem disse que eu o percebo como ele realmente é? Não tem como saber como as coisas são, pois no ato de conhecer eu projeto os meus vieses cognitivos, como a noção humana de tempo e espaço. Sendo assim, pra viver neste mundo é melhor contar com o apoio da comunidade de gente racional, como os homens da ciência, que geram ordem e disciplina sobre o que é real, e criam um consenso razoável/racional para a Ética, o Direito, o Estado, etc.
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