quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Poetas-Educadores.



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OS POETAS, EDUCADORES DO POVO - UMA MISSÃO POLÍTICA, por Isabel Rosete
«Tal como Homero fora o educador da Grécia Antiga - palco do que somos e não somos hoje e, quiçá, do que venhamos ou não a ser - mostrando ao seu Povo o que ele era historicamente situado num espaço e num tempo próprios não esgotados no momento do seu aparecer/acontecer, os nossos Poetas foram, são, os verdadeiros educadores do nosso Povo, transmitindo a sua essência, a sua Alma-Pátria, apresentando os seus desígnios, o que já foi cumprido, como exemplificação dessa essência, o que ainda há para cumprir e urge que seja realizado no seu momento próprio, que não pode ser adiado, que não deve ser adiado, sob pena da desestruturação desse mesmo Povo e da sua Nação.
Os Poetas são Educadores no sentido mais lato atribuído ao conceito de Educação: a formação global do Homem enquanto Homem (indivíduo/pessoa) e do Homem enquanto cidadão activo, com os seus direitos e deveres cívicos, participante no gigantesco palco da História, da sua história/estória, ao mesmo tempo produtor e produto (consciente ou inconscientemente), em pensamento e voz erguidas, bem alto, e assim agindo como um fim em si mesmo e não, apenas, como um meio para a digna transformação de Humanidade, que deve fazer crescer positivamente, contra os vendavais destruidores da sua essência de Bem e de Belo.
Os Poetas ensinam, instruem, formam e enformam a matéria bruta que somos no momento da nossa génese – meros projectos de Homem ao registarem, pelas palavras-de-origem, o percurso existencial que realizámos e vamos edificando como Povo histórico, nas suas lavras meditantes.
Os Poetas são relatores e mensageiros. Também profetas, visionários de um tempo que há-de vir, perfilhando, no presente, os caminhos correctos a seguir no futuro, mais próximo ou mais longínquo, em prol do progresso progressista do seu Povo com Identidade própria, contra a des-idificação provocada pela globalização das paixões, das emoções, dos estados-de-alma, como se todos nós, Povos e Nações, fossemos um e o mesmo, não obstante a diversidade evidente do Mundo e dos mundos.»
Isabel Rosete
Imagem: Homero (850 - 750 a. C) — com António M R Martins e
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Marco Antonio Costa

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