.Porto.\Joyce.
...rio corrente ,pois,depois de Eva e Adão,a Historia vem e revem.A mulher e´o fim e o inicio--- o homem meramente um meio.A mulher abre o compasso e o homem se encaixa em ovo dentro dela ,e só então a Historia começa:durante nove meses o novelo evolui.Ela,a mulher,vela pelo ovulo em seu involucro,e quando este,afinal,rompe o alvéolo,o homem,mesmo livre do veu,nasce escravo da mulher.Afinal,e´obvio:a criação do homem foi uma ideia da mulher,para a produção de mais mulheres.Por isso o homem e´um mero m eio ,mísero zero entre dois valores absolutos:a mulher que o procria e a mulher que ele fecunda.A mulher prepara a armadilha e o homem se submete,consciente de seu destino.Ela o aprisiona primeiro em seu ventre diabólico. Quando expele de sua pela,sabe que,seja qual for a trilha,a armadilha estará pronta para disparar,trazendo-o de volta.Assim,quando um homem desliza sobre o corpo de uma mulher ,esta fazendo o percurso que separa a vida da morte -do ovulo a vala.E a mulher,ave volúvel,comanda o afeto do homem -feito ,fiel ao fato fatal que o faz escravo total.Abre o compasso de suas pernas e prova,matematicamente ,que a reta e´o caminho mais curto entre dois pontos--a mulher e´o fim e o inicio,e o homem (reta)o meio direto e teso que ,impotente para alterar o curso da Historia,derrama na mulher o ...
.Vinicius de Moraes.
Não,tu não es um sonho,es a existência
tens carne tens fadiga e tens pudor
No calmo peito teu.Tu es a estrela
Sem nome ,es a morada,a cantiga
De amor,es luz,es lírio,namorada!
Tu es todo o esplendor,o ultimo claustro
Da elegia sem fim.Anjo,mendiga
Do triste verso meu.Fosses nunca
Minha:fosse ;a ideia ,o sentimento
Em mim,fosses a aurora,o céu da aurora
ausente amiga,eu não te perderia!
Céu castanho da tarde-são teus olhos!
Teu passo arrasta a doce poesia
Do amor! prende o poema em forma e cor
No espaço:para o astro poente
Es o levante!Es o sol!eu sou o gira
O gira,girassol.Es a soberba
Tambem a jovem rosa purpurina
Es rápida tambem ,como a andorinha!
Doçura!Lisa e murmurante...a água
Que corre no chão da montanha
Es tu:Tens muitas emoções:o pássaro
Do tropico inventou teu meigo nome
Duas vezes,de súbito,inventado!
Dona do meu amor!sede constante
Do meu corpo de homem!melodia
Da minha poesia extraordinária!
Por que me arrastas?me Fascina?
Por que me ensina a morrer ?teu sonho
Me leva o verso a sombra e a claridade,
Sou teu irmão,es minha irmã,padeço
De ti,sou teu cantor humilde e terno
Teu silencio,teu tremulo sossego
Triste,onde se arrastam nostalgias
Melancolicas,Tão melancolicas...
Amiga,entra de súbito,pergunta
Por mim,se eu continuo a amar-te:ri
Esse riso que e´tosse de ternura
Carrega-me em teu seio,louca!
Sinto a infância em teu amor!cresçamos juntos
Como se fora agora e sempre:demos
Nomes graves as coisas impossíveis
Recriemos a magica do sonho
Languida!que o destino nada pode
Contra este teu langor:es o penúltimo
Lirismo! encosta tua face fresca
Sobre o meu peito nu,ouves?
E´cedo.Quanto mais tarde for,mais cedo!a calma
E´o ultimo suspiro do poeta
O mar e´nosso,a rosa tem seu nome
E rescendes mais pura ao seu chamado.
Julieta!Carlota!Beatriz!
Deixa-me brincar,que te amo tanto
Que se não brinco,choro e desse pranto
Desse pranto sem dor ,que e´o único amigo
Das horas mas em que não estas comigo.
.Baudelaire.
Tuas ancas estão apaixonadas
Por tuas costas e teus seios
E tu encantas as almofadas
Com tuas poses langorosas.
.M.
Onde estou?Onde esta?
já sei
a mare te levou
vou lamentar
bem-amada
minha praia ficou vazia.
M.
Ja me dirijo a nado
para tuas margens.
Ainda não te provei
e ardo em saudades de ti.
M.
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