.Soneto.
O que empresta ao meu olhar esse vigor,
que todos os senões lhe parecem pequenos
e as noticias se transformam em sois serenos,
Em vida a negação,em solidez ,o tremor.
O que ,a confusa teia do tempo a transpor,
conduz-me certeiro as fontes perenes,
do belo,do vero,de bondades e acenos,
e la afunda ,e aniquila,do meu empenho a dor?
Ja sei.Desde que ,no olho de urânia,acesa
Em quietude ,pude eu mesmo interiormente
a clara,fina,pura flama azul observar,
Desde então,tal visão me habita em profundeza
E e´no meu ser---eterna,unicamente,
Vive no meu viver,olha no meu olhar.
Johan Gottlieb Fichte.
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