30 novembro, 1935. É assinalada a morte de Fernando Pessoa
Poeta e polimata, Fernando António Nogueira Pessoa morre em Lisboa, a cidade onde havia nascido em 13 de junho de 1888. Órfão de pai, aos 5 anos, vive na África do Sul após a sua mãe se casar com um cônsul. Aos 17 anos retorna a Lisboa, onde vive toda a sua vida até falecer. Publica várias escritos em revistas literárias; um ano antes da morte é editada a sua obra "Mensagem", a única em vida - que aborda figuras do passado de Portugal conferindo-lhes valor, mais que histórico, simbólico.
Mas, após a morte, o repositório do seu labor de escrita revela-se um manancial inesgotável de uma obra grande de uma pessoa discreta. O desdobramento da sua escrita, de ortónima a personagens heterónimos, poetas talentosos e dotados de personalidades particulares, é caso de destaque na literatura. Figura central da língua portuguesa, amplia os seus limites e significado. De certo modo, ele é mais um navegador português tornado universal, já não dos mares mas do espirito. É um criador de império, não de guerras e tributos, mas de letras e cultura. A sua obra é um apelo à realização do melhor de cada um, seja qual for a sua condição e situação.
É a hora!
...
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
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