O cristianismo, mais precisamente o catolicismo.
O Império Bizantino foi a continuação do Império Romano na Antiguidade Tardia e Idade Média. Sua capital, Constantinopla (atual Istambul), originalmente era conhecida como Bizâncio. Inicialmente parte oriental do Império Romano (comumente chamada de Império Romano do Oriente no contexto), sobreviveu à fragmentação e ao colapso do Império Romano do Ocidente no século V e continuou a prosperar, existindo por mais de mil anos até sua queda diante da expansão dos turcos otomanos em 1453. Foi conhecido simplesmente como Império Romano por seus habitantes e vizinhos.
Entre 324 e 330, Constantino (r. 306–337) transferiu a capital principal de Roma para Bizâncio, conhecida mais tarde como Constantinopla ("Cidade de Constantino") e Nova Roma. Sob Teodósio I (r. 379–395), o cristianismo tornou-se a religião oficial do império e, com sua morte, o Estado romano dividiu-se definitivamente em duas metades, cada qual controlada por um de seus filhos (ver Império Bizantino – Wikipédia, a enciclopédia livre).
A sobrevivência do Império Romano do Oriente assegurou um papel ativo do imperador em assuntos da Igreja. O Estado herdou dos tempos pagãos os procedimentos administrativos e financeiros dos assuntos religiosos — o imperador era o pontífice máximo — e esses procedimentos foram aplicados à Igreja Cristã. Seguindo o padrão estabelecido por Eusébio de Cesareia, os bizantinos viam o imperador como representante ou mensageiro de Jesus Cristo, responsável, em particular, pela propagação do cristianismo entre pagãos e pelos temas que não se relacionavam diretamente à doutrina, como administração e finanças.
A busca pela unificação das crenças, costumes e ritos em todo império e hierarquia eclesiástica foram dois fatores essenciais que legitimaram o poder imperial assim como a centralização do Estado: o pensamento político bizantino pode ser resumido no lema "Um Deus, um império, uma religião". No entanto, o papel imperial nos assuntos da Igreja nunca se desenvolveu num sistema fixo legalmente definido. Com o declínio de Roma e a dissensão externa nos outros Patriarcados do Oriente (Antioquia, Alexandria e Jerusalém), a Igreja de Constantinopla tornou-se, entre os séculos VI e XI, o mais influente e rico centro da cristandade. Mesmo quando o império foi reduzido a apenas uma sombra de seu esplendor, a Igreja continuou a exercer influência significativa tanto dentro como fora das fronteiras imperiais.
A doutrina cristã oficial do Estado foi determinada pelos primeiros sete concílios ecumênicos e o imperador tinha dever de impô-la aos súditos. Um decreto imperial de 388, depois incorporado no Código de Justiniano, ordenava que a população "assumisse o nome de cristãos católicos" e declarava todos que não cumprissem a lei como "pessoas loucas e tolas", seguidoras de "dogmas heréticos".
A imperatriz Teodora, que exerceu grande influência no governo de seu esposo Justiniano (fonte A religião no Império Bizantino - Alta Idade Média: Império Bizantino e Islão - Colégio Web).
Nenhum comentário:
Postar um comentário