Arnaldo Reisdec está com Bruno Gomes G e outras 25 pessoas.
CIGANA CECILIA MEIRELES , a MAIOR POETISA DA LÍNGUA PORTUGUESA , era uma Bela Cigana Formada e Culta !! PRIMEIRA PESSOA DE ETNIA ROMA A RECEBER UM TÍTULO DE DOUTORA HONORIS CAUSAS DO MUNDO - Em Délhi, Índia, no ano de 1953, é agraciada com o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhi. - Palavras do Maior Poeta da Língua Portuguesa Carlos Drummond de Andrade , sobre a cigana Cecilia Meireles.
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UMA DEUSA ...
Sim, a deusa que em novembro chega a esse mundo ( 07 de novembro de 1901 ) e em novembro deixa esse planeta Terra ( 09 de novembro de 1964 aos 63 anos ).
Deusa mulher que como ela mesmo dizia ser de fases como a nossa mãe Lua . Viveu e se posicionou em um período de nossa história onde uma mulher não era bem vista trabalhando fora de casa e muito menos colocando sua opinião, escrevendo, criticando, palestrando....Deus-Deusa perdoados estão os pobres da ABL de sua época que no final são dignos de pena por não terem tido o privilégio de conviver com tal talento em sua instituição!
Eles é que perderam...o povo cigano não.
Ao povo cigano fica o orgulho de ter entre seus filhos uma figura tão digna quanto bela que com certeza inspirou e inspira toda uma linhagem de artistas das palavras com o dom de tocar nossas almas através do amor vestido de letras.
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Poemas que falam Sobre Ciganos
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“A tua raça de aventura
Quis a terra, o céu, o mar.
Na minha, há uma delícia obscura
Em não querer, em não ganhar.
A tua raça quer partir,
Guerrear, sofrer, vencer, voltar.
A minha, não quer ir nem vir.
A minha raça quer passar.”
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Poema: "Canto Cigano”
Seus cabelos,
Balançavam com o vento.
Ela dançava,
Dançava de dia,
Dançava de tarde,
Dançava à noite.
À noite,
Enquanto os archotes brilhavam,
E punham nela muitos fulgores,
Ela sorria e sorria...
Para quem sorria?
Para ninguém.
Bastava, para ela,
Sorrir para si mesma.
Sorria...
Sufocando o pranto,
Que lhe inundava a alma.
Porque, se ela chorasse,
Todos choravam também.
E ela tinha que sorrir,
Cantar,
Dançar.
Bailando,
Como baila o vento,
Cantando,
Como cantam as aves,
Só, tão só...
E, no entanto, dona absoluta,
De todos os olhares,
De todas as mentes,
Que estavam ali.
Cada um achando,
Que era para eles que ela sorria,
Quando, na verdade,
Ela não sorria para ninguém,
Ela sorria para si mesma.
O tempo passou...
E, no vento tão forte,
Que muda a vida,
Mudando as pessoas de lugar,
Daqui para acolá.
Um dia,
Ela deixou de dançar,
Mas não deixou de cantar.
Mesmo na solidão dos pinheiros gelados,
Fazia, com os rouxinóis,
Um dueto encantado.
O rouxinol cantava de tristeza,
Ela cantava de saudade,
De dor...
Por onde andará?
Como estará a terra dos meus amores?
Aonde estarão aqueles,
Que pisam, firme, o chão?
Aonde estará o meu povo?
Será que estão como eu...
Na solidão?
Canta, cigana,
Canta...
Deixa que o vento da vida te carregue,
Que a brisa te abrace
E que as folhas te teçam arpejos,
Nos ninhos dos pássaros.
A solidão nos faz
Aprender a viver,
Dentro de nós,
Num castelo encantado.
Onde se é possível,
Chorar sozinha
E rir, feliz,
Para todos os passantes,
Caminhantes,
Andantes de muitas terras,
De muitos sonhos,
De muitas estradas.
Deixa voar,
O seu sonho de paz,
Porque, um dia, você terá.
Não chore,
Não chore, cigana,
Cante.
Porque, mesmo sem cantar,
Você encanta.
E, Mesmo chorando,
Você sorri.
Deixa o tempo passar,
Deixa as folhas voar,
Voar...
Porque, um dia,
Paz você terá!
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Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
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Não seja o de hoje.
Não suspires por ontens....
Não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
..
"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."
(Romanceiro da Inconfidência)
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Natural do Rio de Janeiro - RJ - 07/11/1901 , faleceu em 09/11/1964 ( Guanabara ) .
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arnaldo reisdec.
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