segunda-feira, 4 de junho de 2018

Mario Quintana.

Terra.

Terra! Um dia comeras meus olhos...

Eles eram
No entanto
O verde único de tuas folhas
O mais puro cristal de tuas fontes...

Meus olhos eram os teus pintores !

Mas,afinal,quem precisa de olhos para sonhar?
A gente sonhe e´de olhos fechados.

Onde quer que seja...onde for que seja...
Na mais profunda treva eu sonhei contigo,
Minha terra em flor !

De Repente.

Olho-te espantado;
tú és uma estrela do mar.
Um minério estranho,
Não sei...

No entanto,O livro que eu lesse,O livro na mão,Era sempre o teu seio!

Tu estavas no morno da grama,
Na polpa saborosa do pão,...

Mas agora encheram-se de sombra os cântaros

E só meu cavalo pasta na solidão.



Noturno Arrabaleiro.

Os grilos...os grilos...
Meu Deus,se a gente
Pudesse puxar
por uma perna só
Grilo,
Se desfiariam todas as estrelas !




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