sábado, 17 de fevereiro de 2018

POETAS CLÁSSICOS.

                               POETAS CLÀSSICOS.
      
                “A poesia não quer adeptos, quer amantes.”
            Federico Garcia Lorca, poeta Espanhol, (1898-1936).


.MIMNERMO. Poeta grego, de Istambul, (630-600 AC.) SEC.VII. AC; Criador da Elegia: Poema Lírico*, terno e triste.



Fragmento:
Nós folhas nascidas em flórea hora
De primavera, crescemos como setas ao sol,
Vivemos, sem notar nenhum mal nos Deuses,
Nenhum bem, embora nos espreite o olhar negro das parcas*.
Uma segurando o fio da amarga idade,
Outra cosendo o fio da morte,
A ultima ceifando...
Dura tanto a infância como a luz de um raio de sol.
Mas se assim reagir o nosso fio de vida
Melhor e ‘morrer, que viver;
Dos males que brotam da alma,
Em dores, o lar despedaçado,
Pálidos lances de penúria
De quem não deixa filhos a quem na vida mais amara
Baixando á terra rumo ao Hades.*
E ao pobre em que lavra o peso da doença?
Não há ‘homem a quem Zeus não mande muitos males!

Obs. I. Lírico. Composição poética cantada ao som da Lira.\Grécia.
II. Parcas ou Moiras Ou Fates; dai Fatalidade. Filhas da noite teciam o fio da vida de deuses e mortais.
III. Hades. Mundo subterrâneo pos-mortem, equivalente aproximado do Inferno Cristão.

Comentário: O Poeta em tom amargo demonstra o fatalismo peculiar aos gregos, diante dos desígnios dos deuses.


.ARQUÌLOCO. Poeta Grego, de Paros. (680-630 AC.) SEC.VII. AC.
Poeta Lírico e soldado Grego. Escreveu IAMBOS: uma sílaba átona, outra tônica (unidade rítmica).







Fragmento:

Quantas vezes,
Quantas vezes
Na turva água,
O mar penteado
Pelas rajadas
Como a desordem
Dos cabelos
De uma mulher,
Eu suspirei,
Morto em saudade
Pela doçura
De regressar.

Comentário: O poeta, saudoso, em plagas distantes, recorda o doce lar.

.Anacreonte. Poeta Grego, Lírico. De Samos .(563-478 AC.).
SEC. VI-V AC. Cantava as Musas, Dionísio e o amor.
O estilo Anacreôntico influenciou outros poetas da Antiguidade e ate Bizantinos.






Ode:

Da Sua Lira.

De Atridas * os feitos, de Cadmo* os louvores
Tentei celebrar;
E a lira rebelde so ´cantos de amores
Quis-me entoar.
Impus-lhe outras cordas... Trabalho perdido!
A lira  troquei,
Aos feitos de Alcides* a nova convido...
E Amor, lhe  escutei!

Adeus grandes homens! Buscai noutra lira
O vosso louvor!
A minha não sabe, não pode, suspira
So ´cantos de amor!


Obs. I.Atridas-filhos de Atreu, Agamenon e Menelau, que desencadearam a guerra de Tróia.
II. Cadmo-Herói lendário, fundador da cidade de Tebas.
III. Alcides. Outro nome para Herácles ou Hércules, semideus,de força descomunal.

Comentário: O poeta prefere claramente, versar sobre o amor, do que sobre os feitos dos homens famosos.

Tradução: A.F.Castilho.
Autor: Marco Antônio Eustáquio Da Costa.

















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