Stanwyck, que começou como uma corista do Brooklyn chamada Ruby Stevens, era um sobrevivente. O mesmo aconteceu com Ida Lupino, que fez a transição para a direção.
Mas ninguém foi mais sobrevivente do que Joan Crawford.
Nascida pobre no Texas, ela trabalhou como lavadeira antes de vencer um concurso de dança em Charleston. Isso a levou a Hollywood, onde ela se lançou caminho para os filmes.
——“A única estrela que conheço que se fabricou”, escreveu a colunista Louella Parsons com admiração. ——“Ela traçou um projeto.”——
Crawford também não teve medo de se reinventar. Ela mudou para noir quando as partes de glamour começaram a desaparecer, interpretando a sofredora Mildred Pierce (Alma em Suplício).
Ganhou um Oscar e uma nova carreira como a estrela firme de Possessed (Fogueira de Paixão), Flamingo Road (Caminho da Redenção) e The Damned Don't Cry (Os Desgraçados não Choram).
Os filmes pioraram, mas Crawford continuou. Em seus últimos anos, ela iria enfrentar Bette Davis em Whatever Happened to Baby Jane (O Que Terá Acontecido a Baby Jane?), atuar como assassina de machado em Strait Jacket (Almas Mortas) e ser a tutora de um elo perdido em Trog (Trog, o Monstro das Cavernas).
Mesmo o câncer não pôde intimidá-la. Acamada, morrendo em seu apartamento em Nova York, ela ouviu uma de suas enfermeiras orando por ela.
—— “Droga”, disparou Crawford. “Não se atreva a pedir a Deus para me ajudar!”——
Ela podia não ter um bom roteiro há anos, mas, como as melhores estrelas de Hollywood, ela ainda sabia como se safar.
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