IMPÉRIO GREGO DO ORIENTE?
O Império Romano do Oriente, ou Império Bizantino, foi considerado na Europa da Idade Média, por muito tempo, como o legítimo sucessor e herdeiro do legado de Roma.
Apesar de uma série de fatos históricos que ocasionaram na "perda" desta legitimidade na visão dos europeus (como, por exemplo, a ascensão de Irene de Atenas como Imperatriz, o Grande Cisma do Oriente, a deterioração das relações com os povos francos, etc), os bizantinos (chamados mesmo de gregos bizantinos) chamavam ao seu império de Império Romano e, a si mesmos, de romanos, sendo também considerados assim pelos povos islâmicos, eslavos e persas.
Entretanto, a importância das tradições helenísticas que figuravam no império foi tamanha que o país era conhecido pelos seus contemporâneos ocidentais como Império dos Gregos, e o seu imperador, como Imperador dos Gregos.
A língua falada majoritariamente no império era o grego e, a partir de Heráclio, passou a ser também a língua oficial para assuntos de Estado.
O papel do Império Bizantino na difusão do conhecimento clássico grego para a Europa Ocidental é enorme, onde se destaca nomes como o de Patriarca Fócio I de Constantinopla, intelectual renomado, tido por Adrian Fortescue como "o mais maravilhoso homem de toda a Idade Média".
Grego ou romano, perdendo ou não o a legitimidade da herança de Roma para o Sacro Império Romano (que, ironicamente, será chamado posteriormente por Voltaire como uma uma "aglomeração" que não é "nem sagrada, nem romana, e nem um império"), o Império Bizantino nos deixa muito de legado em arte, ciência, política e religião, incorporando em si toda a glória e riqueza do Oriente, cobiça eterna dos povos ocidentais.
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