Porque não se tratava de falange macedônia contra legião manipular.
Tudo tinha a ver com o modo como os gregos lidavam com a guerra contra o modo romano.
Gregos em guerra
Para os gregos, guerra era algo que eles faziam, se ganhassem, seria ótimo, se perdessem, não seria ótimo, mas pelo menos voltavam para casa e a vida ainda era boa. Os gregos antigos nunca tiveram uma cultura marcial forte, Filipe II da Macedônia e seu filho Alexandre tiveram façanhas lendárias, mas foram uma exceção à regra. Os gregos sabiam como lutar e não se intimidavam com a guerra, mas era uma das muitas coisas que eles faziam.
E os romanos? O espírito nacional romano era que eles poderiam perder uma batalha, poderiam perder um exército, poderiam perder dez exércitos, mas a guerra tinha que ser vencida. Se isso significasse enviar todos os seus filhos para morrer por Roma e então você mesmo morrer, muito bem, era isso. Roma (na época) não estava disposta a aceitar nada menos do que a vitória.
Isso é o que deu aos romanos a vantagem sobrepujar as falanges macedônias, que ainda eram formações altamente eficazes, embora decrépitas na época em que enfrentaram os romanos. Um exército alexandrino adequado era composto por três formações. Os falangistas eram uma parte importante, mas igualmente importantes eram os cavaleiros que se posicionavam nos flancos e na retaguarda do inimigo. Isso foi amplamente abandonado e esquecido pelos estados sucessores, a sarissa era boa o bastante na maioria das vezes e os gregos tinham coisas melhores para fazer do que ficar gurreando.
O jeito grego funcionou, até que tiveram que enfrentar uma cultura que encarava a guerra de maneira realmente muito diferente.
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