.4\1\1960;Estrada que leva a Paris,por razões não esclarecidas,o carro que conduzia Gallimard,editor e Camus,escritor;choca-se com uma ABSURDA arvore.Morte imediata do Nobel de Literatura de 1957.Absurda,enquanto morte prematura de grande escritor e pensador,que aliou forma exata a elegância cristalina e luminosa.Pensamento corajoso e inquieto que encontrou no ABSURDO,um dos temas centrais de construção.No meio de cenário tranquilo,estrada reta,sem perigo;a morte.Na paisagem serena-a emboscada,uma arvore e seu fruto:o absurdo.
Camus sobre o Absurdo: "E´assim que a gente se torna profeta do absurdo.Não fiz mais que pensar sobre uma ideia que encontrei nas ruas de minha época. Alimentei a ideia,evidente.Mantive relativa distancia para apreciação logica.A formula:Eis-me absurdo como antes."
O Absurdo e´o ponto de partida,o matiz,a grande diferença.Ao fazer a apologia do absurdo como resposta para o problema do conhecimento\ação. Camus tenta vence-lo,para dai retirar o amargo sentido da vida .Exercício Filosófico:A consciência ascendendo da dramaticidade do vivido,a auto compreensão,o existencial e seu sabor de universalidade.Ao contrario de Ionesco,o Absurdo como conclusão desagregadora do humano,desde sua palavra.O Absurdo e´apenas o principio do método.E´a evidencia que desperta ,que substitui a (in)consciência de ser,Ser-no-mundo.Lembrando Heidegger,Habitar como cotidiano da experiencia humana ,como ser.ser humano,ser-sobre-a terra-como mortal.Como a ironia Socrática que destrói ídolos do espirito na busca da ignorância-limite que pode levar a auto-consciência.A visão do absurdo em Camus desencadeia a Catarse. Exorciza o otimismo (alienação da Consciência),e inicia o assumir humano pelo próprio homem.A Historia sugere o Absurdo:"Sou propenso ao otimismo ,cresci com a primeira guerra e nossa historia,desde então assassinato,injustiça e violência."Camus aceita a sugestão do absurdo ocasional e imbatível,para enfrenta-la na metafisica.Como Descartes,que torna a duvida hiperbólica,para esgotar os recursos da redução ao absurdo,e assim abre caminho para a certeza.No mito de Sísifo,Camus,mostra o absurdo a inteligencia,a compreensão,a logica,objeto da razão.A ideia do absurdo.
Tipasa- Argélia,(Ex-colonia Romana),Mundo habitual,local de contemplação muda. Consciência dissolvida na paisagem."Quantas horas vividas a esmagar absintos,a acariciar ruínas,tentar afinar a respiração pelos tumultos do mundo.Mergulhado em odores selvagens e concertos de insetos sonolentos,abro olhos e coração para a grandeza insustentável do céu engorgitado de calor."Em Tipasa,a beleza absorvente e luminosa do mundo,calor que torna sonolentos insetos,e arde ruínas romanas,que entorpece a consciência.A luz tão direta ,sem contrastes que impede a visão.O gosto do mundo como um fruto maduro."Sobre o mar,o silencio enorme do meio-dia."Prisioneiros da Consciência,do torpor de encantamento. Tipasa e´consciência em monótona tautologia,inerte que não contemplou seu limite de negação.Mundo habitual,inquestionável,ilusão.Ficar la è perde-la para a rotina,em sua luminosa identidade sem contradição.A mitopoética atinge o absurdo.todo rosto para ser eloquente,sofre renovação. Djemila-Argélia (Ex- colonia Romana) A morte.A renovação da consciência torna eloquente o rosto do mundo e o próprio rosto.O claro e irremediável divorcio entre a consciência e o mundo. Djemila e´a morte,limite intransponível que faz da vida um beco sem saída,conduz a parte alguma.Despojamento da paisagem,corrosão que reduz ao essencial.A morte como metáfora,indireta vivencia.Em Camus,paisagem e´sempre metáfora.A morte na alma,sentida nas paisagens ensolaradas,pelo mediterrâneo. O absurdo e´isso,a confrontação do mundo,,não razoável,não-coisa.O absurdo depende do humano como do mundo.Paisagem como espelho-a consciência se depara com o absurdo.O espelho devolve o rosto.O absurdo-limite e´a morte que vivifica a fronteira\limite da vida.Limitado ,por isso pleno e único,como o ser de Parmenides.
M.
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