.Pois quando a Natureza,em seu capricho exato,
Gerava estranhos seres raros,dia a dia,
Uma giganta moça-eis do que eu gostaria,
Para viver-lhe aos pés com a volúpia de um gato.
Ver seu corpo florir com a flor de sua alma
E crescer livremente em seus terríveis jogos;
Ver se não teria no peito alguma oculta chama,
Com as chispas molhadas que mostra nos olhos.
Percorrer a vontade a realeza das formas,
Escalar a vertente dos joelhos enormes
E,quando os sóis do estio ,a complacência alheios,
Estendem-na,cansada,ao longo da colina,
Dormir descontraído a sombra dos seus seios,
Como abrigo tranquilo ao pé de uma colina. BAUDELAIRE.
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