Política.
O exército macedônio é conhecido por seus piqueiros hoje em dia, mas era a cavalaria que geralmente vencia
Naquela época, os exércitos não eram formados pelo estado como são hoje. Em vez disso, os indivíduos utilizavam seu próprio equipamento para ingressar no exército e financiar suas próprias despesas. Quanto mais rico você fosse, melhor o equipamento que poderia comprar e lutaria de acordo com o que sua riqueza permitia. Um pobre fazendeiro só teria o suficiente para alguns dardos leves, um pequeno escudo e um boné de couro; ele lutaria como escaramuçador. Um vélite romano era uma formação da qual você provavelmente já ouviu falar.
Se você fosse um pouco mais rico, poderia ter o suficiente para um conjunto adequado de armadura (couro ou metal), um escudo adequado, uma lança e/ou espada de qualidade, grevas e um capacete e lutar na linha de batalha principal, seja como um hoplita (Gregos) ou um hastatus (romanos), ou uma das formações mais extravagantes.
Os ricos proprietários de terras podiam pagar um cavalo, equipamento e empregar um ou dois soldados não combatentes para ajudá-los a cuidar do cavalo e de seu equipamento. Eles lutariam como cavalaria.
O resultado dessa configuração é que as sociedades com grandes proprietários de terras e fazendeiros arrendatários tinham um braço de cavalaria forte e uma infantaria inerentemente fraca, mal equipada e mal treinada. Esse foi o caso na Macedônia: sua falange sarissa era projetada para permitir aos meninos de fazenda com equipamento barato as melhores chances de lutar com eficácia.
Os romanos eram uma sociedade diferente, eles tinham muitos fazendeiros que possuíam suas próprias terras e podiam pagar o equipamento de infantaria adequado, mas não eram ricos o suficiente para lutar a cavalo. Sociedades como a deles formaram infantarias poderosas, apoiadas por pequenos destacamentos de cavalaria dos poucos proprietários de terras ricos que possuíam.
O que as reformas marianas fizeram por Roma foi permitir que os mais pobres ingressassem no exército e o estado lhes forneceria equipamentos para lutar com eficácia. Isso era uma novidade, mas o estado romano era como qualquer outro estado, dá época ou de hoje. Ele buscou uma solução barata e eficaz e treinar camponeses comuns em massa para lutar, visto que unidades de cavalaria caras não estavam disponíveis. Eles estavam dispostos a financiar equipamento de infantaria adequado para os recrutas, mas não mais do que isso. Fazia sentido estratégico também, Roma tinha experiência significativa com formações de infantaria e uma tradição de cavalaria pobre, então eles mantiveram a cavalaria mercenária estrangeira para suplementar sua própria infantaria, ao lado de seus próprios destacamentos de cavalaria menores.
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