“Aconselho-te, Ícaro, que voes meia altura.
Não vá a água, se fores mais baixo, tornará
pesadas as suas asas; ou as queimará,
caso fores muito alto. Voa entre um ponto
e outro. Segue sempre atrás de mim”.
Metamorfoses Livro VIII, verso CCIII.
Ovídio.
Filho do famoso inventor Dédalo com Náucrate, uma escrava do palácio de Minos, em Creta. Sua história começa e encerra junto ao pai.
Criador do labirinto, Dédalo foi aprisionado na prisão impenetrável depois que ajudou a princesa Ariadne fugir com o assassino do Minotauro: o herói ateniense Teseu, inimigo mortal de Creta. Acontece que o monstro vivia sob o domínio, assim como a cidade de Atenas. Com a morte da fera, a cidade se viu livre do poderio político e econômico dos cretenses.
Dédalo foi castigado e preso com seu filhinho. Os dois ficaram em cárcere por alguns anos, até que o inventor decidiu fazer-lhes asas falsas com cera para que pudessem fugir pelo céu.
Ícaro foi aconselhado a voar no "meio termo", nem muito próximo ao sol, nem muito longe. A premissa é conhecida pelos gregos, que temiam o debalanceamento acima de tudo. "Nada em excesso" era um dos escritos na porta do Oráculo de Delfos, um dos templos religiosos mais importantes da Grécia inteira.
Ícaro, que era jovem como uma criança, voou muito perto do sol e o calor derreteu as ceras de suas asas. Ele caiu no mar que, a parir daquele dia, seria conhecido como Mar Icário.
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1Marco Antonio Costa
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