HOLDERLIN.
“Um homem e
‘um deus quando sonha e um mendigo quando pensa.” Friedrich Holderlin, Poeta
Alemão.
Johan
Christian Friedrich Holderlin 17\3\1770-7\6\1840),
Poeta Lírico
e Romancista Alemão, da Escola Romântica,
Sintetizou o
Espírito Clássico (Grego) com o Cristianismo e a visão Romântica da natureza.
Destinado à vida eclesiástica, toma o caminho da palavra Poética. Abalado
emocionalmente após a morte da amada, não perde a verve poética, seu Humanismo
Helênico e lírico. Amparado por um admirador de seus poemas, encontra conforto
para seus últimos dias e versos.
Poemas:
.Às Parcas.*
Dai-me,
Mortíferas*, mais um verão apenas,
Só um outono
de maduro canto,
Que de bom
grado, coração já farto,
Lira
saciada, do suave jogo
Morrerei
então.
A alma que
em vida não desfrutou
Os direitos
divinos, nem no orco*, encontra repouso;
Mas se uma
vez apenas
O sagrado da
alma
Meu poema
alcança
Serão bem
vindas, sombras do inferno!*
Grato
estarei
Mesmo que a
lira não leve
Uma vez, ao
menos, vivi como os deuses,
E e ‘quanto
basta.
Obs.I.
Parcas (Roma), Moiras (Grécia); três divindades irmãs, que controlavam o
destino de deuses e mortais.
Bia (Roma)
ou Cloto (Grécia)-Tecia o fio da vida;
Décima
(Roma) ou Laquésis (Grécia)-cuidava da extensão do fio;
Morta (Roma)
ou Àtropos (Grécia)-Cortava o fio.
II .Orco
(Roma) ,Hades (Grécia)-Inferno.
III.
Mortíferas, Sombras do inferno = Parcas.
.OUTRORA.
Outrora Zeus
julgava. Reis e Sábios.
Mas agora quem
julga?
A comunidade
santa? O povo unido?
Não! Mas
quem agora julga?
Uma estirpe
de víboras! Falsa e Vil!
(A palavra
nobre não mais sobre o lábio).
Por teu nome
De novo
Invoco
Velho deus!
Manda-nos
Um Herói
Ou a
Sabedoria.
OBS. ZEUS, divindade
máxima do Mito Grego, Júpiter para os Romanos.
.EMPÈDOKLES.*
Buscas a
vida e eis te brota e brilha
Um fogo
divinal do fundo da terra,
Tu, em ânsia
horrífica, lanças-te
La para baixo,
ás chamas do Etna.
Assim
dissolveu pérolas no vinho a insolência
Da rainha; que
o fizesse! Não te tivesses,
Imolado tua
riqueza, Poeta
No cálice incandescente!
Mas para mim
és sagrado! Como a força da terra
Que te
arrebatou, vítima ousada,
E seguiria
para as profundezas, o herói,
Se não me detivesse o amor!
Obs I. Empédocles
de Agrigento, Sicília; Filósofo Pré-socrático,
(495 AC-430 AC).
Pensador Pluralista grego da magna Grécia (colônias italianas), criador da
teoria cosmogônica dos quatro elementos (Terra, Fogo, Agua e Ar), que
influenciou o pensamento Ocidental. De família ilustre, tinha reputação de
orador e de ter poderes sobrenaturais. Escrevia em versos, discípulo de
Pitágoras. De acordo com uma tradição, teria perecido ao cair nas chamas do
monte Etna. (Vulcão).
II. Conforme
Plínio, o velho, Cleópatra, rainha Greco-egípcia apostou com Marco Antônio, Triúnviro
Romano e governante de metade do mundo, com quem vivia em Alexandria; que seria
capaz de dissolver pérolas em uma taça de vinho! Gastando 10 milhões de
sestercios (Moeda Romana), uma fortuna...
E ela o fez
(possivelmente usando Vinagre), tendo em seguida bebido a mistura. Uma
extravagancia dispendiosa, comum na relação dos dois...
Holderlin
sugere que o ato de Empédocles foi mais ousado e fez mais sentido que a
diversão da rainha Ptolomaica e seu consorte.
Tradução:
Augusto de Campos.
Autor: Marco
Antônio Eustáquio Da Costa.
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