segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

EPITÁFIO.



               EPITÁFIO.

 Sou esse homem
ferido no olhar
paralisado no tempo.
Teço a própria mortalha

muralha de desejos
com palavras,farto de ver
as nódoas do mundo
como oceanos.

Invento poesias,
nuvens em agonia,
só não consigo
 achar nova utopia.

Imagem refletida
em tons naturais
oculta pela neblina
espontânea como água

Mãos pálidas
como padres e diplomatas
minha vida flui
como sonoro rio,riso.

Cansado pela tarefa
de conviver com
sombras e fantasmas
em rotina letal.

os únicos que me acompanham,
noite e dia
incansáveis,irónicos
como pedras.

Autor :Marco Antonio Eustáquio da Costa.




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