Verão,rocha de ar puro,colmeia sem rumor,
Mar! tu,espargido em mil pontos que pul-
sam sobre uma tez qual brilha em seu frescor,
E mesmo na boca onde reboa o azul;
E tu,ardente casa,Espaço ,caro Espaço
Calmo,onde a arvore arde e aves deixam as copas ,
Onde infinita morre a massa em fracasso
Do mar,do andar das águas e de suas roupas.
Levas de odores ,raças felizes em rondas
Sobre o golfo que come e que ao sol se eleva,
Diques de plantas,ninhos puros,sombras de ondas,
Embalai essa jovem que em sono se eleva!
E cujas pernas(mas uma e´fresca e desfaz-se
O abraço com a maior rosa),o ombro,o seio duro,
O braço que se enleia na espumante face
Brilham entregues ao redor do vaso Obscuro
Que filtra os ruídos cheios de animais tirados
Dessas jaulas de folha e das malhas de mar
Pelos moinhos marinhos e os tetos rosados
Do dia...A pele toda doura as tramas do mar.
O Silfo.
Entrevisto e esquivo,
eu sou essa arona *Montanha de força
finado mas vivo
que no vento assoma!
Entrevisto e incerto ,
acaso ou talento?
Mal se chega perto,
Concluiu-se o intento!
Entrelido e oculto
Que erros ,ao arguto,
foram prometidos ?
Entrevisto e alheio,
lapso nu de um seio
entre dois vestidos!
Adormecida no bosque.
A princesa em palácio todo em rosa pura,
Dorme sob os murmúrios e as sombras infiéis,
E de coral esboça uma palavra obscura
Quando as aves perdidas mordem seus anéis.
Nem as gotas ela ouve,em suas quedas lestas,
Do seculo vazio reunirem a pompa,
Nem flautas em um sopro unidas nas florestas
Romperem o rumor de uma frase de trompa.
Deixa devagar,o eco adormecer Diana
Sempre mais semelhante a suave liana
Que oscila e toca teus olhos amortalhados.
Tão perto de tua face,a rosa,tão lenta,
Não desfaz o prazer desses cilos cerrados ,
Sensíveis em segredo não raio que os frequenta.
M.
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