domingo, 26 de julho de 2020

Claudio Manoel da Costa.

XLI.

Injusto Amor,se de teu jugo isento
Eu vira respirar a liberdade,
Se eu pudesse da tua divindade
Cantar um dia alegre o vencimento;

Não lograras Amor,que o meu tormento,
Vitima ardesse a tanta crueldade,
Nem se cobrira o campo de vaidade
Desses troféus,que paga o rendimento:

Mas se fugir não pude ao golpe ativo,
Buscando por meu gosto tanto estrago,
Por que te encontro,Amor,tão vingativo ?

Se um tal despojo a teus altares trago,
Siga a quem te despreza ,o raio esquivo,
Alente a quem te busca,o doce afago.

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