.Deus.
Quem senão Deus,criou obra tamanha,
O espaço e o tempo,as amplidões e as eras,
Onde se agitam turbilhões de esferas,
Que a luz,a excelsa luz aquece e banha ?
Quem,senão ele fez a esfinge estranha
No segredo inviolável das moneras,
No coração dos homens e das feras,
No coração do mar e da montanha.
Deus.! somente...o Eterno,o Impenetrável,
Poderia criar o imensurável
E o universo infinito criaria!
Suprema paz,intérmina piedade
E que habita na eterna claridade,
Das torrentes da luz e da harmonia.!
.À morte.
Oh Morte,eu te adorei como se foras
O fim da sinuosa e negra estrada
Onde habitasse a eterna paz do nada,
As agonias desconsoladoras.
Eras tu a visão idolatrada
Que sorria na dor das minhas horas,
Visão de tristes faces cismadoras,
Nos crepes do silencio amortalhada.
Busquei-te,eu que trazia a alma já morta
Escorraçada no padecimento,
Batendo alucinado a tua porta,
E escancaras-te a porta escura e fria,
Por onde penetrei no sofrimento,
Numa senda mais triste e sombria.
Antero de Quental,por Chico Xavier.
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