Não ha´muito o que comemorar,
estou vivo,claro
ha´algum proposito
mas os grandes dias já se foram,
perdidos na poeira do tempo.
Provecto e vetusto,
nasci velho,ancestral,
Sigo aboiando o gado
como Schubert devorado pela sífilis,
a exiguidade das coisas me consome.
A finitude,
não deixarei filhos como muitos,
nem grandes obras como a maioria,
Apenas resisto ao vento,
como um caniço vou cedendo
para não quebrar
embora saiba
que um dia
o vento me levara´.
Como leva a tudo
e a todos.
Marco Antonio.
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