domingo, 7 de janeiro de 2018

EM UM OÁSIS.


                                   Em Um Oásis.

     “Só quem atravessa o deserto e ´ digno do Oásis.”
        Proverbio Beduíno.







Atravessa a vastidão
silencio fúnebre
solidão pastoral
ruídos noturnos,
deserto, lar de djinns
serpentes e
seres solitários.

Navegando pelas turbulências
Cansado dos jogos de poder
Viaja em seu camelo
dor muda no peito
Para não apagar a luz do coração,
Allah- bênçãos sobre Ele-
E a cigana Egípcia.

Com a proximidade do oásis
Rumor das árvores
Canto de pássaros,
Se distanciado
Do eterno mar de areia
Antes da noite fria
Como a morte

Em uma tenda
Almofadas de cetim
Ânfora de vinho
Frutas, queijo
Carneiro tostado
Lâmpadas com óleo
Recepção amorosa


Penumbra
Sussurros
Confidencias
Caricias
De branco
Ao estilo bedu,
Busca conforto

Túnica na cabeça
Retira a cimitarra
Vindo do combate
Sujo de poeira e sangue
Agua quente
Vestes despidas, vinho
Da boca com beijos

Momentos de prazer
Que se seguem,
Na sede do deserto
Encontra nos lábios
Da cigana
As aguas que lhe mitigam
A sede.

Sorvem com avidez
seus corpos,
como pirata
ela toma sua carne
e seduz
a tristeza errante
como as ciganas sabem...

E enquanto
O gélido vento noturno
Percorre as dunas.
Os amantes se completam,
Gozam seus amores
Como belas flores
Que desabrocham em um jardim.


Autor: Marco Antônio E. Da Costa.






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