sexta-feira, 16 de junho de 2017

O Século de ouro Espanhol.

                                       O SÈCULO DE OURO ESPANHOL.

                     “O amor que não e ´loucura não e´ amor.”    Calderón de La Barca.


“El siglo de oro ”e o ápice da cultura Espanhola, que vai do Renascimento -Século XVI ate ‘o Barroco - Século XVII. As convenções apontam o início com Antônio de Nebrija, 1492 ate´ Calderón de la Barca,1681.Do ponto de vista político, O século XVI-Renascimento, tem como Reis : Fernando, o católico; Carlos i e Filipe II. O Século XVII - Barroco tem como Reis: Filipe II, Filipe IV, Carlos II. Este período abarca o Concílio de Trento e  a Contra Reforma.
A consolidação do estado espanhol pelos reis católicos lançou as bases de um estado forte ,um império que apresentou intelectuais importantes; apesar da inquisição...
O apogeu econômico trouxe o cultural e a influencia Espanhola se fez sentir em diversas áreas, tais como: Literatura, Pintura, Música, Arquitetura, Geografia e Humanidades. O termo “ Siglo de Oro “ foi difundido por um de seus maiores nomes ; Lope de Vega.
A preocupação literária do período busca expressar emoções, muitas vezes pelo Conceptismo (Barroco), ou seja, pela lógica do pensamento, concisão de conceitos, persuasão racional. Além da presença de elementos contraditórios, mas complementares.
Alguns poetas e poemas da “Edad de oro.”:

.Lope de vega.(1562-1635).

 Desmaiar, atrever-se, estar furioso,
Áspero, terno, liberal, esquivo,
Alentado, mortal, defunto, vivo,
Leal, traidor, covarde e corajoso.

Não ter fora do bem centro e repouso,
Mostrar-se alegre, triste, humilde, altivo,
Valente, aborrecido, fugitivo,
Satisfeito, ofendido, receoso.

Virar o rosto a um claro desengano,
Beber veneno por licor suave,
Esquecer o proveito, amar o dano;

Acreditar que um céu no inferno cabe,
Dar a vida e toda alma a um desengano
Isto e ‘amor, quem o provou bem sabe.

.Francisco De Quevedo. (1580-1645).

Esta vida! Ninguém a mim responde?
Aqui os montes de anos já vividos!
Pela Fortuna o tempo meu perdido,
Minha loucura, as Horas, as esconde.

Que, sem poder saber como e aonde
Saúde e idade haviam já fugido!
Falta-me a vida, assiste ao já ´vivido,
E desgraça não há´ que não me ronde.

Ontem foi-se. O Amanhã não anunciado;
Hoje, sem demorar se vai no berço,
Sou um Foi, e um Será e um e ´Cansado.

Ao ontem, ao amanha ao hoje acresço
As fraldas e mortalha. Atualizado
Suceder de defuntos permaneço.

.Calderón de la Barca.(1600-1681)

               Às Flores.
Estas que foram pompas e alegria
Despertando aos albores da manhã,
No entardecer serão lastima vã
Dormindo em braços de uma noite fria.

Ao céu este matiz que desafia
Íris em ouro, neves e romã,
Sera´ castigo da vida louçã:
Tanto se empreende ao fim de um dia!

A florescer as rosas madrugaram
E para envelhecer e ´que floriram:
Berço e sepulcro num botão acharam.

Assim os homens suas fortunas viram:
Num so ´dia nasceram e expiraram;
Que os séculos passados horas viram.

Bibliografia\Ref.:
.Scliar-cabral .Poesia Espanhola do século de ouro.Letras contemporâneas.SC.1998.
.El siglo de oro-Wikipédia.

Autor: Marco Antônio E. Da Costa.






















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