ENTARDECER.
“E o sino chora em lúgubres responsos :
Pobre Alphonsus, pobre
Alphonsus! “
Alphonsus de Guimaraens (1810-1921). Poeta Simbolista e Neo–Romântico
Mineiro.
O sol que arde
No fim da tarde
E ‘doce,
Como se mel fosse
O fim do dia,
Melancolia,
Céu de papel,
Negro dossel,
Os sinos tangem
Salmos Que plangem
Dor secular,
Fendas antigas
Rendas tecidas
De manso
E remanso luar
Círio de culto
Projeta um vulto
No oculto altar,
Lírios esconsos
Lúgubres responsos
Do nobre Alphonsus
A soluçar!
Autor: Marco Antônio E. Da Costa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário