terça-feira, 9 de agosto de 2016

ENTARDECER.

 “E o sino chora  em lúgubres responsos :
    Pobre Alphonsus, pobre Alphonsus! “
Alphonsus de Guimaraens (1810-1921). Poeta Simbolista e Neo–Romântico Mineiro.

O sol que arde
No fim da tarde
E ‘doce,
Como se mel fosse

O fim do dia,
Melancolia,
Céu de papel,
Negro dossel,

Os sinos tangem
Salmos Que plangem
Dor secular,
Fendas antigas
Rendas tecidas
De manso
E remanso luar

Círio de culto
Projeta um vulto
No oculto altar,
Lírios esconsos
Lúgubres responsos
Do nobre Alphonsus
A soluçar!

Autor: Marco Antônio E. Da Costa.




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