segunda-feira, 22 de agosto de 2016

                                                MANHÂ.
                                                    “Acredita sempre que cada dia que amanhece  e ‘teu ultimo.`´
                                                            Quintus Horatius Flaccus, poeta Romano. (65 AC-8 AC).



A alvorada me sacode o sono
Ventos e nuvens entristecem a manhã,
Janela aberta pede sol
Que, preguiçoso, não vem,

Vem o tédio
Dor que emana do céu,
Patético, poético
Traz chagas profundas
Austero, por solidão;

Manhã tão efêmera
Dia envolto de cismas
Cismas que me contem.
Já que a manhã me sacode o sono
Por que não me sacode a vida também?






Autor: Marco Antônio E. da Costa.






terça-feira, 9 de agosto de 2016

ENTARDECER.

 “E o sino chora  em lúgubres responsos :
    Pobre Alphonsus, pobre Alphonsus! “
Alphonsus de Guimaraens (1810-1921). Poeta Simbolista e Neo–Romântico Mineiro.

O sol que arde
No fim da tarde
E ‘doce,
Como se mel fosse

O fim do dia,
Melancolia,
Céu de papel,
Negro dossel,

Os sinos tangem
Salmos Que plangem
Dor secular,
Fendas antigas
Rendas tecidas
De manso
E remanso luar

Círio de culto
Projeta um vulto
No oculto altar,
Lírios esconsos
Lúgubres responsos
Do nobre Alphonsus
A soluçar!

Autor: Marco Antônio E. Da Costa.