quarta-feira, 15 de abril de 2015

MARIANA.

                                                MARIANA.

                                                                    “ Não perguntes por quem os sinos dobram,
                                                                      eles dobram por ti´.”
                                                                               John Doone (1572-1631),poeta metafísico Ingles.


O crepúsculo cala
Os evóes festivos,
Os anjos chamam
Pelos prados.

Profanas euforias
Silenciam ante o sacro
Crenças plangentes
Exalam incenso e réquiens.

Em tons de vinho
A tarde se põe
O Angelus de bronze clama
Madeiras escutam.

O outono seco
Viceja grãos de esperança,
O solo plúmbeo
Cede aos ecos de mel.

A água santificada
E ´o signo do sal da terra,
A chuva permeia
Capelas e almas ocas.

Promessas e lírios
Na milenar história
De penitencia e culpa
Em meio a iluminuras.

Busca por absolvição
Pelos desejos da carne
E tormentos do espírito,
Inerte sina humana.

Em pedra sabão
Anjinhos barrocos
Fitam com seus olhos estáticos
O imo dos peregrinos.

Os Cedros
Como os fiéis
Ouvem em silencio
As mensagens da fé.

Sinos dobram
Para os fiéis,
Bocas sedentas
Buscam hóstias redentoras.

Também lembram
Os sinos, a morte
Espinho da carne
Celebração da vida eterna.


  Autor: Marco Antonio E. Da Costa.             

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