segunda-feira, 17 de março de 2014

Jardim de Allah.


                          O Jardim de Allah.






O deserto e´ uma lição perene
Aquilo que já foi mar
È hoje
Uma vastidão seca

Nele habitam  escorpiões
E não mais sereias
Por entre dunas
Beduínos carregam suas tendas

Entre o solo rochoso E a vegetação escassa
Tuaregues buscam a sobrevivência
No oceano de areia que traz vida/morte
Desde o alvorecer da existência

Apesar da aparência mundana
Possui esteios de vida,
Oasis Refugio e descanso
Das incansáveis caravanas.

Em seu leito
Adormecem ossos e lendas
Outrora reinos, fatos
Hoje, mistério e Kalendas.

Como o mar, e´extenso
Como as águas, mortal
Mas suas areias escaldantes
São de Allah o quintal

Em um Oasis, olhos sob véus
Seguem as estrelas e pedem ao Criador
Que o viajante chegue bem
E mitigue sua sede sob a sombra das tamareiras.





Autor: Marco Antonio e. Da Costa.






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