“ El
BRUJO.”
“ Quem sabe da dor,sabe de tudo.”
“George Sand”, pseudônimo literário de
Amandine-Aurore Lucille Dupin,baronesa Dudevant.
( 1804-1876).
Jose Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo ou, apenas, Jorge
Luis Borges,
*24/8/1899 Buenos Aires. + 14/6/1986 Genebra.
Poeta, contista e ensaísta Argentino chamado “El Brujo”, por
muitos, em função de suas qualidades literárias. E´ um ícone do Modernismo
,tendo contribuído para a Literatura Fantástica , com uma temática que abrangia
: Metafísica,Mitologia,Teologia e Historia.
Erudito e fluente em diversas línguas, suas obras foram
traduzidas na Europa. A medida que sua cegueira evoluía criava novos símbolos
literários,pela imaginação.Recebeu influencias de :
Dante, Kafka, H.G.Wells, Lovecraft e C.S.Lewis. Influenciou toda a literatura
posterior, Latino-Americana e Européia. Umberto Eco o homenageou em “ O nome da
Rosa ”(1980), na figura do velho monge cego Jorge de Burgos,responsável pelo
mosteiro /biblioteca (inspirada no conto de Borges:” A biblioteca de Babel”) e
eixo da trama.
Contos célebres: “ Ficciones”(1944), “ El Aleph “(1949).
.” Alguém chega a ser grande pelo que Le,não pelo que
escreve.”
.” So ´o que foi nos
pertence.”
.” A duvida e´ um dos nomes da inteligência.”
.Entrevista na Europa:
-Repórter: “Em seu país há canibais?”
-Borges: ” Não, nos os comemos todos!”.
.“Sempre em minha vida foram demasiadas as coisas. Demócrito
de Abdera arrancou-se os olhos para pensar. O tempo foi meu Demócrito. Esta
penumbra e´ lenta e não dói; flui por um manso declive e se parece a´
eternidade.Meus amigos não tem rosto,as mulheres são o que foram já faz tantos
anos ,as esquinas podem ser outras ,não ha páginas nos livros.Tudo isto deveria
atemorizar-me ,mas e ´doce , um regresso.”
.”Sempre achei que o paraíso era como uma livraria.”
.”Eu não falo de vingança ou perdão. O esquecimento e ´a
única vingança e perdão.”
.”Ninguém pode ferir-nos, salvo aqueles que amamos.”
.” A leitura e´ uma forma de felicidade.”
.” Não odeies o teu inimigo,porque ,se o fazes, és de algum
modo o seu escravo.
O teu ódio nunca
será melhor que a tua paz.”
.” Os poetas, como os cegos, podem ver no escuro.”
.”Todos os caminhos levam a morte. Perca-se.”
.”Somos todos semelhantes a´ imagem que os outros tem de
nós.”
.” O sofrimento e´ o caminho mais curto para a sabedoria.”
.”No passado, cometi o maior dos pecados: não fui feliz.”
As
causas.
Os crepúsculos e as gerações.
Os dias e nenhum foi o primeiro.
A frescura da água na
garganta
De Adão. O ordenado paraíso.
O olho decifrante na penumbra.
Os amores dos lobos na alvorada.
A palavra. O hexâmetro. O espelho.
A torre de Babel e a soberba.
A lua que miravam os caldeus.
As inúmeras areias do Ganges.
Chuang-tsu e a borboleta que o sonhara.*
E nas ilhas, de ouro, as macieiras.
Os passos do errante labirinto.
O infinito tecido de Penélope.
O tempo circular para os Estóicos.
A moeda na boca de quem morre.
O peso de uma espada na balança.
Cada gota de água na clepsidra.
As Águias, os fatos, as legiões.
César na madrugada de Farsalia.
A sombra de cruzes pela terra.
O xadrez e a álgebra do persa.
Os rastros das compridas migrações.
A conquista de reinos pela espada.
A bussola incessante. O mar aberto.
O eco do relógio na memória.
O rei por uma adaga justiçado.
O incalculável po´ que foi exércitos.
A voz do rouxinol da Dinamarca.
A escrupulosa linha do calígrafo.
O rosto do suicida que se espelha.
O naipe do taful. O ávido ouro.
As formas de uma nuvem no deserto.
Cada arabesco no caleidoscópio.
Cada remordimento e cada làgrima.
De todas essas coisas foi preciso
Para que nossas mãos se encontrassem.
Comentário: Borges desfia, ao longo do tempo, a complexa
trama da existência humana e seus paradoxos. A fragilidade, buscas e duvidas,
através de culturas e momentos diversos. Evoca uma noção de Cultura que remete
a: eternidade X duração e mudança x estabilidade.
Entre causas e
efeitos,sucessos e débâcles,o acidentado caminho humano no texto chamado
HISTORIA.
OBS : * Cuang-tsu; 500 AC, sonhou que era uma borboleta e
não sabia ao despertar se era um homem que tinha sonhado ser uma borboleta ou
uma borboleta que agora sonhava ser um homem.
*Taful. janota,Dãndi,almofadinha do sec. XIX-XX. Alguém
muito preocupado com a imagem social. Algo como o Metrossexual de hoje.
Bibliografia:
Borges, J.L. Historia da noite. Cia das letras, São Paulo,
2007.
Borges, J.L. Historia da eternidade. Cia das letras. São
Paulo, 2010.
Borges, J.L. O Aleph. Cia das letras. São Paulo, 2008.
Autor: Marco Antonio E. da Costa.
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