“ A
recordação é uma cadeira de balanço,
embalando sozinha.” - Quintana
embalando sozinha.” - Quintana
O Poeta nasceu em
Alegrete e viveu em Porto Alegre.(1906-1994).
Alem de escritor, foi jornalista.Definido como “poeta das coisas
simples” ;tinha um olhar
existencial e irônico sobre as coisas, perfeccionista, foi
um artesão da palavra.
Mesmo tendo vasta produção , e de qualidade, foi recusado
por 3 vezes na Academia Brasileira de Letras;que em 1980, o reconheceu com o
premio Machado de Assis, pelo conjunto da obra.
Solitário,viveu muito tempo em hotéis, em um momento de
dificuldade,recebeu do ex-jogador e
leitor Falcão um apartamento para morar. Não era de sair do seu Rio
Grande.
Viveu uma vida simples e como ele próprio definiu certa vez
: `
“Eu moro em mim mesmo.”
Pensamentos :
.”Domesticar as palavras...Poesia.”
.” O trabalho é a
farra dos velhos.”
.”Fumar é uma forma
de suspirar.”
.” Mudar de Porto Alegre ? Mudar de mim ?”
.”Coincidência é
milagre, DEUS prefere ficar incógnito.”
.” Amizade é um amor que nunca morre.``
.” Mulheres não suam , orvalham.``
.Ӄ pena que a casa fundada por Machado de Assis (ABL),
esteja tão politizada.
Só da ministro.``
. “ O destino é o
acaso metido a besta.”
. “O tempo é a insônia da eternidade.”
. “Idade só há duas :
ou se esta vivo ou se esta morto.”.
.”Melancolia : maneira romântica de ficar triste.”
Poesias ( algumas)
de Mario Quintana :
.” O mais triste de
um passarinho
engainholado
é que ele se sente feliz.”
.” Todos que aí estão
atravancando o meu caminho
eles passarão
e eu
passarinho.”
. Ah! Os relógios.
.”Ah! Os relógios
Amigos não consultem os relógios
Quando um dia eu me for de vossas vidas
Em seus fúteis problemas tão perdidas
Que até parecem mais uns necrológios...
Porque o tempo é uma invenção da morte :
Não o conhece a vida – a verdadeira-
Em que basta um momento de poesia
Para nos dar a eternidade inteira
Inteira sim, porque
Essa vida eterna
Somente por si mesma
É dividida, não cabe
, a cada qual,
Uma porção .
E os anjos entreolham-se
Espantados
Quando alguém --ao voltar
a sí
Da vida – acaso lhes indaga que
Horas são...”
“. A mentira é
uma verdade
que se esqueceu
de acontecer.”
.Amar.
“Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer ...
E dos meus olhos fechados desceram
Lagrimas que enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...
O amor é quando a gente mora um no outro.”
.” A morte é a liberdade final,
é quando se pode, enfim,
deitar de
sapatos.``
.
Da Felicidade.
``Quantas vezes a gente, em
busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho
Infeliz :
Em vão, por toda parte, os
Óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz !
No fim tu hás de ver que as
Coisas mais leves
São as únicas
Que o vento não consegue levar :
Um estribilho antigo
Um carinho no
Momento preciso
O folhear de um livro
De poemas.
O cheiro que tinha
Um dia o próprio vento...”
Ref.Biblio. :
Quintana,M. Antologia poética.Porto alegre.Globo,1966
Quintana,M.Caderno H. Porto alegre. Globo,1973.
Quintana,M.Quintanares. Porto Alegre,1976.
Autor: Marco Antonio E. Da Costa.
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