Conforme tradição oral,colhida em Ouro Preto.
“O mar é profundo,tanto na calmaria,
quanto na tempestade.” John
Doone.
Autor : Marco Antonio
E. Da Costa.
Dizem que Mineiro não dá nem receita de pão de queijo, sem
fazer política.
E costuma ser “mineiramente”,
lacônica; mas visceral...
Reza antiga prosa , que em uma determinada cidade do
interior Mineiro, cravejada de rivalidades políticas, um burro morreu. E o
infeliz animal morreu em frente á Igreja
principal da cidade.Decorrida uma semana, o corpo apodrecido da azemola
ainda estava lá.
O Padre,da corrente oposta à do prefeito ,resolveu reclamar
com o “arqui-inimigo”.
-“Sr. Prefeito tem um burro MORTO na frente da Igreja,há uma
semana !
É preciso que seja retirado, o mau-cheiro começa a afastar
os fieis, alem do que , diante da casa de Deus não convém que fiquem restos
mortais...
Espero que o senhor tome as providencias cabíveis.”
O Prefeito- adversário político de longa data - olhou
irônico e disse :
- ”Sr. Padre, o senhor sabe o que ocasionou a morte da pobre
besta?”
Ao que o Padre –desconfiado-retrucou :
-`”Não vejo a relevância deste aspecto.”
-“Mas é importante
sim, pois se o causador foi um membro da sua congregação,
A responsabilidade
é toda da igreja.”
_`` Devo lembrar à vossa excelência , que os fieis antes de
tudo são CIDADAOS,portanto a responsabilidade é do Município , disse o astuto padre.
E o prefeito
provocativo:
-“Mas não é o Senhor que tem a OBRIGAÇÂO de cuidar dos
Mortos ? “
Com serena superioridade respondeu o padre:
-“Sim ! Mas também é minha OBRIGAÇAO Avisar os Parentes !”
Conta a tradição que a carcaça desapareceu e a rivalidade se
acirrou...
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