O SÈCULO
DE OURO ESPANHOL.
“O
amor que não e ´loucura não e´ amor.” Calderón de La Barca.
“El siglo de oro ”e o ápice da cultura Espanhola, que vai do
Renascimento -Século XVI ate ‘o Barroco - Século XVII. As convenções apontam o
início com Antônio de Nebrija, 1492 ate´ Calderón de la Barca,1681.Do ponto de
vista político, O século XVI-Renascimento, tem como Reis : Fernando, o
católico; Carlos i e Filipe II. O Século XVII - Barroco tem como Reis: Filipe
II, Filipe IV, Carlos II. Este período abarca o Concílio de Trento e a Contra Reforma.
A consolidação do estado espanhol pelos reis católicos
lançou as bases de um estado forte ,um império que apresentou intelectuais
importantes; apesar da inquisição...
O apogeu econômico trouxe o cultural e a influencia
Espanhola se fez sentir em diversas áreas, tais como: Literatura, Pintura, Música,
Arquitetura, Geografia e Humanidades. O termo “ Siglo de Oro “ foi difundido
por um de seus maiores nomes ; Lope de Vega.
A preocupação literária do período busca expressar emoções, muitas
vezes pelo Conceptismo (Barroco), ou seja, pela lógica do pensamento, concisão
de conceitos, persuasão racional. Além da presença de elementos contraditórios,
mas complementares.
Alguns poetas e poemas da “Edad de oro.”:
.Lope de vega.(1562-1635).
Desmaiar, atrever-se, estar furioso,
Áspero, terno,
liberal, esquivo,
Alentado, mortal,
defunto, vivo,
Leal, traidor,
covarde e corajoso.
Não ter fora
do bem centro e repouso,
Mostrar-se
alegre, triste, humilde, altivo,
Valente, aborrecido,
fugitivo,
Satisfeito, ofendido,
receoso.
Virar o
rosto a um claro desengano,
Beber veneno
por licor suave,
Esquecer o
proveito, amar o dano;
Acreditar que
um céu no inferno cabe,
Dar a vida e
toda alma a um desengano
Isto e ‘amor,
quem o provou bem sabe.
.Francisco De
Quevedo. (1580-1645).
Esta vida! Ninguém
a mim responde?
Aqui os
montes de anos já vividos!
Pela Fortuna
o tempo meu perdido,
Minha loucura,
as Horas, as esconde.
Que, sem
poder saber como e aonde
Saúde e
idade haviam já fugido!
Falta-me a
vida, assiste ao já ´vivido,
E desgraça
não há´ que não me ronde.
Ontem foi-se.
O Amanhã não anunciado;
Hoje, sem
demorar se vai no berço,
Sou um Foi, e
um Será e um e ´Cansado.
Ao ontem, ao
amanha ao hoje acresço
As fraldas e
mortalha. Atualizado
Suceder de
defuntos permaneço.
.Calderón de
la Barca.(1600-1681)
Às Flores.
Estas que
foram pompas e alegria
Despertando aos
albores da manhã,
No entardecer
serão lastima vã
Dormindo em
braços de uma noite fria.
Ao céu este
matiz que desafia
Íris em
ouro, neves e romã,
Sera´ castigo
da vida louçã:
Tanto se
empreende ao fim de um dia!
A florescer
as rosas madrugaram
E para
envelhecer e ´que floriram:
Berço e
sepulcro num botão acharam.
Assim os
homens suas fortunas viram:
Num so ´dia
nasceram e expiraram;
Que os séculos
passados horas viram.
Bibliografia\Ref.:
.Scliar-cabral
.Poesia Espanhola do século de ouro.Letras contemporâneas.SC.1998.
.El siglo de
oro-Wikipédia.
Autor: Marco
Antônio E. Da Costa.