domingo, 3 de julho de 2016

MARCIAL.

                                                  MARCIAL.

                                                         “Panem ET Circenses.”
                                                         Decimus Iunius Juvenalis, poeta Romano. (55-127 AD.).


.De Spetaculis XXIX. Marcial.

Enquanto Prisco e Vero alongavam o confronto
E por longo tempo a luta foi igual de ambos os lados
Altos e repetidos gritos reclamavam a liberdade para os homens,
Mas Cesar seguiu sua própria lei,
Era a lei de lutar com o escudo ate que um dedo se levantasse;
Fez o que lhe era permitido, muitas vezes deu comida e presentes
Mas chegou-se  ao final com a mesma igualdade:
Iguais a lutar, iguais a ceder.
Cesar enviou espadas de madeira e palmas a ambos
Portanto, a coragem e o talento receberam o seu premio.
Isto não aconteceu perante nenhum Príncipe, salvo tu, Cesar
Quando dois lutaram, ambos saíram vitoriosos.

Comentário. O poeta se refere aqui a um combate singular entre 2 gladiadores, na inauguração do Anfiteatro Flaviano (Coliseu),em 80 AD, sob Vespasianus. Dado o equilíbrio entre os contendores, e a satisfação do publico com o embate, o imperador, resolveu libertar a ambos .Oferecendo-lhes  uma espada de madeira-Rudius-símbolo de alforria. E´o único registro de um empate nos relatos travados nas arenas.A coragem e a bravura eram qualidades apreciadas pelos Romanos. Marcial lá estava e legou-nos o fato.

Marcus Valerius Martialis.(38-102 AD).
Nascido na Espanha, foi jovem para ROMA, frequentou o circulo de Juvenal, Plinio e Quintiliano .Ao que tudo indica teve Sêneca como mentor. Recebeu influencias de Catulo e Juvenal. Criou Poesias satíricas e obscenas, sendo chamado “boca de Roma”, por ser ferino. Influenciou: Wilde, Blake, Quevedo, Bocage e Gregório  de Mattos.



Autor :Marco Antônio E. Da Costa.












Um comentário:

  1. Eu não sabia de um empate em lutas entre gladiadores.
    Fiquei muito contente em saber.
    Adoro !

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