.OMAR KHAYAMM.
“Se em teu coração
Enxertaste a rosa
do amor,tua vida
Não passou inútil.”
. Omar Khayamm (1050-1123).Poeta Persa.
.Sobre o
poeta:
Omar Khayamm
,cujo nome completo era Ghiatud-din Abdulfath omar bin Ibrahim Al-Khayyami. Al-Khayyami = o fabricante de tendas. Foi poeta,
matemático e astrônomo.
Sua obra
principal e´o Rubayat, quartetos ou quadras, livro de poesias, no qual ele canta a brevidade da vida,
a existência e transcendência humanas, O êxtase do amor e do vinho .Privilegia
o momento presente, porque o passado e´um cadáver e o futuro indevassável.
Apesar de seu hedonismo, imediatista; não contrariava o Alcorão. Há,inclusive,quem
leia em seus poemas uma mensagem SUFI ,simbólica,onde; por exemplo,a taberna
seria o templo; a divindade seria o vinho; a embriaguez seria o êxtase místico.Foi admirado por
poetas como Calderón de la Barca e Fernando Pessoa.
.Alguns
trechos do Rubayat:
.Uma vez que
ignora o que e´que nos reserva
O dia de amanhã,
busca ser feliz hoje.
Vai
sentar-te ao luar e bebe. Pois talvez
Não vivas
mais amanhã quando voltar a lua.
.Nosso
tesouro? O vinho,
O palácio? A
taverna,
Os fieis companheiros?
O vinho e a
embriaguez.
.Antes de
apertares na tua
A mão que te
estendem, pergunta
A ti
mesmo se ela algum dia
Não se
erguera para ferir-te.
.Vil coração,
que amar não sabe,
De amor não pode
se embriagar
Se não ama,
como apreciar?
O fulvo sol,
o doce luar.
.Ontem
devias ser recompensado e não o foste;
Mas, não
deplores nada, nem esperes coisa alguma.
O que te
deve acontecer esta escrito no Livro
Que ao acaso
vai folheando a Eternidade.
.Sabes que
teu olhar
Tornou o rei
babilônico
Um bispo de
xadrez
Que foge da rainha?
.Por isso ouve
esse meu conselho :
Bebe vinho e
contempla a lua
Lembrando as
civilizações
Que ela viu
desaparecer.
.Seja igual
teu amor
Ao da urna
pela taça
Vê... Lábio
contra lábio
A urna dá-lhe
seu sangue.
.Um rouxinol
cantou:
“Um dia de
alegria
Pode ser que
prepare
“Todo um ano
de lágrimas.”
.Pois os
mortos não têm
Memória, e eu quero sempre,
Quero sempre
rever
A minha
bem-amada !
.Um pouco
mais de vinho, bem-amada!
Tua face
ainda não tem a cor das rosas
Um pouco
mais de tristeza, Khayamm!
A tua
bem-amada vai sorrir-te.
.Fui
inclinar-me sobre todos
Os segredos
do universo...
Voltei a
casa invejando
Os cegos que
eu encontrava.
.Toda manhã
o orvalho pesa sobre as rosas,
Jasmins,tulipas,mas
o sol livra-os do fardo.
Toda manhã meu coração pesa em meu peito;
Mas teu
olhar logo o liberta da tristeza.
Bibliografia:
.O Rubaiyat
de Omar Khayyam .Trad. Manuel Bandeira.Tecnoprint,Rio,1970.
Autor: Marco
Antonio E. Da Costa.