DA MORTE E
DO AMANTE.
PROPERCIO.
“Para tão longo amor, tão curta vida”.
Luiz Vaz De Camões, poeta Luso Classicista.
Século XVI.
Da morte que vos quereis saber a hora incerta
E a senda pela qual ela vira,
Buscais num céu tranqüilo, a exemplo dos Fenícios,
Estrelas favoráveis ou funestas,
Persigamos Bretões ou Partas,
Cegos perigos rondam mar ou terra;
Choramos o arriscar a vida nos combates,
Ou se um veneno toca os nossos lábios.
Mas sabe o amante como e quando morrera
Nem teme o vento, nem teme as armas
E ainda que já reme
entre os juncais do Estige,
Vendo a barca mortal de tristes velas,
Pela senda proibida ele retornara
Se na brisa o chamar a voz da amada.
.Sextus Aurelius
Propercius.(43 ac.umbria- 17 ad.Roma.).
Poeta elegíaco Romano, contemporâneo de Ovídio, influenciado
por Catulo, viveu sob Otavio. De família nobre, empobrecida pelas guerras civis
Romanas, recebeu educação formal, freqüentou a elite romana. Admirado por
Cervantes, Schlegel e Drummond.
Elegia.
Gênero poético, criado pelos gregos, na Grécia tinha por
temática: melancolia, aspectos existenciais ou cívicos. Em Roma, ganha um
perfil erótico-amoroso, como em Propercio.
OBS:
.Fenícios, antigos habitantes do atual Líbano; Bretões,
antigos habitantes da atual Inglaterra;
Partas, antigos habitantes do atual Irã.
.Stige Ou Estiages, lago que conduzia os mortos a sua morada
final, o Hades.
.A barca mortal era conduzida por Caronte ,para o reino dos
mortos;que para tal, era cobrado um óbolo( moeda).Dai o costume, a princípio
grego, Mediterrâneo e depois de outros povos, de colocar uma moeda sob a língua
ou nos olhos do falecido, para pagar ao barqueiro a travessia.
.Os que tinham morte gloriosa, isto é,em batalha,como heróis, iam para os campos
Elíseos ou Elysium,onde ao lado de outros heróis e deuses bebiam vinho e
celebravam a bravura.
Biblio/ref:
.Poesia grega e latina.cultrix.sp,1959.
.Thelatinlibrary.com.
Autor: Marco Antonio E, Da Costa.
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