MARIANA.
“ Não perguntes por quem os sinos dobram,
eles dobram por ti´.”
John
Doone (1572-1631),poeta metafísico Ingles.
O crepúsculo cala
Os evóes festivos,
Os anjos chamam
Pelos prados.
Profanas euforias
Silenciam ante o sacro
Crenças plangentes
Exalam incenso e réquiens.
Em tons de vinho
A tarde se põe
O Angelus de bronze clama
Madeiras escutam.
O outono seco
Viceja grãos de esperança,
O solo plúmbeo
Cede aos ecos de mel.
A água santificada
E ´o signo do sal da terra,
A chuva permeia
Capelas e almas ocas.
Promessas e lírios
Na milenar história
De penitencia e culpa
Em meio a iluminuras.
Busca por absolvição
Pelos desejos da carne
E tormentos do espírito,
Inerte sina humana.
Em pedra sabão
Anjinhos barrocos
Fitam com seus olhos estáticos
O imo dos peregrinos.
Os Cedros
Como os fiéis
Ouvem em silencio
As mensagens da fé.
Sinos dobram
Para os fiéis,
Bocas sedentas
Buscam hóstias redentoras.
Também lembram
Os sinos, a morte
Espinho da carne
Celebração da vida eterna.
Autor: Marco Antonio
E. Da Costa.