domingo, 11 de janeiro de 2015

Emily Dickinson.

                                         EMILY DICKINSON.

                                                             “ A vida e´ um campo de urtigas,
                                                              Onde a única rosa e ´o amor.”
                                                                Victor Hugo  (1802-1885) .





.Emily Dickinson (1830-1886), poetisa Romântica norte-americana.
Nasceu e viveu em Amherst, Massachussets.De família abastada,teve educação esmerada e levou uma vida discreta e solitária.Nunca se casou.Acredita-se que muitos de seus poemas se referem a 2 homens que conheceu em suas poucas viagens.Sua obra so´ foi ,de fato, reconhecida POS MORTEM.Sua literatura antecipa traços Modernistas,apresenta Paradoxos,tom coloquial,pouco convencional,enigmática e mística(Metafísica).Aborda o cotidiano e elementos da natureza.

.POEMAS E FRAGMENTOS:

, Para sempre e´composto de agoras.


.Morri  pela Beleza, mas apenas estava
Acomodada em meu túmulo,
E alguém que morrera pela Verdade
Era depositado no jazigo próximo
Perguntou-me baixinho o que me matara.
- A Beleza, respondi.
-A mim, a Verdade- e´a mesma coisa .
Somos irmãos.


.A água se ensina pela sede.



.Muito juízo e´a loucura mais completa.



.Não sou ninguém. Quem e´voce ?
Ninguém.  -Também?
Então somos um par?
Não conte. Podem espalhar!
Que triste- ser- alguem !
Que pública – a fama!
Dizer seu nome – como a rã-
Para as palmas da lama.      


.Se recordar fosse esquecer,
Eu não me lembraria.
Se esquecer, recordar,
Eu logo esqueceria.
Se quem perde e´feliz
E contente e´quem chora ,
Que alegres são os dedos
Que colhem isto, agora!


.Tive uma jóia nos meus dedos –
E adormeci –
Quente era o dia, tédio os ventos –
”E´minha”, eu disse –
Acordo – e os meus honestos dedos
(Foi-se a gema) censuro –
Uma saudade de Ametista
E´ o que  eu possuo –


.O sucesso e´mais doce
A quem nunca sucede.
A compreensão do néctar
Requer severa sede.
Ninguem da hoste ignara
Que hoje desfila em glória
Pode entender a clara
Derrota da vitória
Como esse –moribundo –
Em cujo ouvido o escasso
Eco oco do triunfo
Passa como um fracasso!

.Biblio. e Referencia :
Dickinson,E.Não sou ninguém. Unicamp, campinas, 1995.

Tradução :Augusto de Campos.

Autor: Marco Antonio E. Da Costa.










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