SATURNO.
“ Os dias talvez sejam iguais para os relógios,
Não para os homens.”
Marcel Proust.
Escritor
Frances,1871-1922.
Tempo-Contratempo
Coração no
peito
Um relógio
sem ponteiros
Diminuindo a
vida
Aumentando as
dores.
Jogo a sorte
Distribuo cartas,
Naipes sombrios
da morte
E rolo dados,
Tento a
sorte.
Tempo em que
percorro
Estradas por
mim construídas,
Navego pelo
rio de minhas veias
E pelas
turbulentas águas
Da memoria.
Saturno, atento
observa
Enquanto o
tempo disperso, desatento
Sabe o que
Destino me reserva,
Ser devorado
pelo esquecimento
Inevitável e
lento.
Autor: Marco
Antônio E. Da Costa.