quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Veneza.

                                   VENEZA.
                         A Cidade dos Amantes.

                                                             “Era a Veneza da Ponte dos Suspiros,
                                                                     um palácio de um lado ,do outro ,uma prisão.”

                                                               Lord Byron, Poeta Britânico.




Cenário de sonhos
Botes fúnebres
E amores vivos
Percorrem melancólicos
vielas lúgubres
promessas indevidas
são feitas
e esquecidas

A Gôndola negra
A noite
Percorre canais
Com braço pálido
Separando trilhas
Luzes e sombras
Remo lento
Pelo caminho silente

O Vaporetto vazio
Cruza os canais
E empaca
No cais
A corda range
Balcões,alcovas e arcos
Se afagam
O mármore se espelha

Canais de águas verdes
Repleta de confetes
Filigrana e luxuria dourada
Mascaras eternizando
Dyonisios e seus festins
A eterna libação
Da carne liberta
A pedra feita nuvem
A lei feita festa

A cidade dos pintores
Mira os
Coloridos foliões
Em musical cortejo
Pelas catedrais
Que lacônicas
Repercutem a inebriante ode,
Evoe´

Piazza di San Marco
Ecoa em meio a nevoa
E da Bizantina herança
Traz a benção para as jornadas
E a coragem para as batalhas
Sob a lua tímida
Brilha ainda
A Sereníssima Republica!




Autor: Marco Antonio E. Da Costa.






        

sábado, 3 de outubro de 2015

Guilhotina.

                                               GUILHOTINA.   

                                                         “ Après moi, vous Maximilien”.

                                                                George Jacques Danton ( 1759-1794),Revolucionário    
                                                                     Frances Jacobino, decapitado no período do terror.  








A lamina gotejando
Sua sede implacável
O carrasco sorrindo
Saboreando sua migalha de poder
A multidão ambígua
Alterna êxtase e temor
Euforia pelo espetáculo macabro
E medo pela própria vida
Afinal, qualquer denuncia
ao comitê de Salvação publica...
Os condenados esperam
Como gado em carroças
Amarrados, Com as nucas raspadas
Para facilitar o serviço da lamina...


Enquanto isso, os poderosos “governam”
Aumentam impostos, fazem listas de suspeitos, mentem,
Criam mecanismos de censura, efetuam novas prisões,
Para manter a ordem, garantem os ilibados lideres...
Como há milênios repetem a mais cruel, brutal e asquerosa tirania
Sem se dar conta --- HISTORIA MAGISTRA VITA ----
Que terão o mesmo fim estúpido que dão as suas vitimas,
Robespierre e Saint-Just logo seguiram Danton...
“ a banheira de sangue”(apelido popular)
Bebeu-lhes o sangue também
A ambição cega os que tem poder
Esses tolos se esquecem  que o sentimento
Mais transformador e´a indignação
E que palavras não pagam dívidas.

.Quosque Tanden Domine?

Autor: Marco Antonio E. Da Costa.