PÌNDARO
O POETA DOS JOGOS.
“ O Homem e´o sonho de uma sombra.”
Píndaro.
Píndaro de cinoscefalos (Beocia),(518 ac.-438 ac.),poeta
grego,chamado” príncipe dos poetas”.
Descendia dos nobres àtridas,o que dele nos chegou se refere
a feitos pan-helenicos,suas odes epinianas louvam jogos olímpicos.Com forte
devoção religiosa e serena melancolia,escreveu ainda;
Hinos,cantos e ditirambos.
Fragmentos de seus poemas revelam uma visão filosófica da
vida:
“As palavras vivem mais do que os feitos.”
“Homem,torna-te o que és.”
“Da a mim o oráculo,Musa, e eu interpretarei.”
“Os homens se debatem por desconhecerem o resultado de seus
próprios atos.”
“A vitoria e´luz para a vida.”
O poeta,que se considerava profeta,recebia encomendas de
aristocratas de poemas que registrassem os feitos nos jogo.A poesia na Grecia
era performática, o canto era acompanhado pela dança,em tom ritualístico.A
vitoria olímpica e´ligada a´poesia,liicosnguagem e heroísmo.
Adepto dos princípios Delficos,mostra apreensão com a
condição humana.O SER e´mais consistente do que o ato.A verdade dos
acontecimentos,uma quimera.Sua poesia lembra o “trabalho das abelhas”, no qual
o mel simboliza profecias (Arcaico) e a poesia e´ veículo de Sofia
(conhecimento).Entendia que a poesia tem caráter imperecível e renova o que o
tempo desgasta.
Admiradores do “Poeta da luz”: Sócrates,Horácio,Rabelais,Hoelderling,
Haroldo de Campos e Jorge Luis Borges.
Jogos Olimpicos.
Os jogos nasceram dos ritos fúnebres em honra de
Pélops,herói que teve seu nome ligado a uma corrida de carros,com vitoria
discutível.o que, no Mito,equivale a uma maldição sobre seus descendentes,os
Atridas ,reis Micenicos. Os jogos tiveram inicio em 776 ac., com apogeu no VI-V
séculos AC.Os jogos foram abolidos, na era crista pelo imperador Teodosio, por
serem considerados pagãos...
12.
Olimpica de Píndaro.
Para
Ergóteles de Himera ,vencedor da corrida Dólica.
Rogo-te,filha de Zeus Eleutherios,
Fortuna salvatriz
Protege amplitenaz Himera.
Pilotas no mar a nau veloz,
Em terra firme a guerra móvel
E a reta voz no foro.
Mas a espera dos homens roda
Acima,abaixo
Sulcando lapsos flutuosos.
Ninguém ainda trouxe dos deuses
O signo certo de futuros fatos,
O estudo do porvir e´cego.
Ás vezes o homem tromba no imprevisto,
Avesso ao prazer,e quem se vê
Em árdua procela
Num átimo
Reverte a prova em sumo agrado.
Filho de Filànor,qual cão de briga
Junto a´pira ancestral,infame
Desfolharia o feito de teus pés,
Se o combate,corpo a corpo,
Não te privasse de Cnossos.
Coroado agora em Olímpia,
Pito´ e no istmo,
Èrgoteles,
Exalta as mornas termas das ninfas,
Ocupa o campo em seus domínios.
Obs. Epínicio; poema que celebra vitoria;canto triunfal
Grego.
Autor: Marco Antonio E. Da Costa.